A autarquia explica em comunicado que, passados nove anos da sua publicação, a portaria que definiu um período anual de defeso para o sargo, de 01 de fevereiro até 15 de fevereiro, “gera injustiças”.
Numa carta enviada aos secretários de Estado do Ordenamento do Território e Florestas, sobre o defeso do sargo no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, a autarquia assinala que a medida tomada em 2014 nunca teve um acompanhamento nem uma avaliação dos seus efeitos.
A Câmara de Aljezur sublinha que esta situação afeta “principalmente” este concelho do noroeste do Algarve, “onde muitos dos residentes têm na pesca lúdica um modo de lazer, mas também um modo de complemento da sua economia familiar, uma vez que capturam o pescado para a sua alimentação, atividade com muitos anos de tradição, numa comunidade que vive entre a agricultura e a pesca”.
“A proibição da captura desta espécie continua, no entanto, a ser dirigida aos pescadores lúdicos apeados, que pescam em cima das falésias”, insiste a câmara, acrescentando que “os pescadores que usam embarcações ou equipamentos subaquáticos não estão abrangidos por esta paragem biológica”.
O município assegura que esta situação “sempre indignou” os pescadores lúdicos, os residentes e os que procuram estas paragens e questiona sobre quais os resultados de alguma “monitorização” à pesca do sargo pelos pescadores lúdicos e quando será a portaria em causa revogada.