No Algarve já se sentem os efeitos diretos do levantar de restrições em Portugal, nomeadamente com o fim de os viajantes terem de apresentar teste à chegada, com o aumento de reservas para a época de golfe, que vai de março a maio, e que este ano deverá ficar “a níveis próximos de 2019, não havendo mais contratempos de maior”, segundo o presidente da RTA.
O principal constrangimento que se coloca para este período que se antevê de forte procura é mesmo o da falta de trabalhadores, e nesta altura os campos algarvios já estão em fase de contratar pessoal. “Os testes obrigatórios para os jogadores de golfe poderem viajar do Reino Unido a Portugal ficavam mais caros que os próprios voos”, nota João Fernandes.
Em 2021, o Algarve – que representa dois terços (cerca de 66%) da atividade de golfes no país – totalizou 756 mil voltas, num aumento de 5% em relação a 2020 mas ainda assim com uma quebra de 44% comparativamente a 2019.
Em 2022, na próxima época de golfe, e face às reservas que têm até ao momento, o Algarve já prevê estar ao nível “do melhor ano de sempre”, 2019, em que atingiu 1 milhão e 350 mil voltas. São “boas notícias” para o Algarve, que também para a Páscoa e o verão está com as reservas em alta. “Ajuda muito estarmos com este tempo soalheiro”, refere ainda o presidente da Região de Turismo do Algarve.
Para os “que têm filhos a cargo”, prevê-se um bom período no Algarve para os ingleses, cujo país faz uma pausa letiva de 21 a 25 de fevereiro, mas que também tem o hábito de fazer férias intermédias nos postos de trabalho de 14 a 18 de fevereiro, segundo frisa João Fernandes.
Também para os que não têm filhos, e que são jogadores de golfe, o Algarve prevê-se um local de forte procura, para britânicos ou turistas de outras nacionalidades, na época alta que vai de março a maio, e com perspetivas de reservas elevadas até à Páscoa e ao verão.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL