Os estádios de Benfica, FC Porto e Sporting vão ser os palcos portugueses para o Campeonato do Mundo de futebol de 2030, cuja organização foi esta quarta-feira atribuída à candidatura ibero-marroquina, complementada pelos sul-americanos Uruguai, Argentina e Paraguai.
O Estádio da Luz, em Lisboa, o maior recinto desportivo português, com uma capacidade a rondar os 65 mil espetadores, o Estádio do Dragão, no Porto, e o Estádio José Alvalade, também na capital, ambos com aproximadamente 50 mil lugares, são os únicos recintos nacionais que correspondem às exigências da FIFA para acolher encontros de Mundiais, e que integram o projeto aprovado esta quarta-feira unanimemente pelo Conselho do organismo que rege o futebol.
De acordo com os cadernos de encargos para a organizações de Campeonatos do Mundo, os estádios candidatos devem ter pelo menos 80 mil lugares para acolher finais e cerimónias de abertura, 60 mil para jogos a partir dos quartos de final e os restantes pelo menos 40 mil.
Além de pertencerem aos três ‘grandes’, estes palcos têm em comum serem herdeiros do Euro2004, a maior competição futebolística já organizada em Portugal, tendo sido construídos para acolher o torneio.
Nessa altura, o Dragão recebeu o jogo inaugural e a Luz a final – em ambos os casos embates entre Portugal e Grécia, com desfecho favorável para a seleção helénica -, enquanto Alvalade acolheu a meia-final entre a equipa das ‘quinas’ e os Países Baixos.
Além da final do Euro2004, Lisboa já acolheu outro jogo decisivo de uma competição mundial, o Campeonato do Mundo de sub-20, em 1991, no antigo Estádio da Luz, onde Portugal se sagrou bicampeão, ao vencer na final o Brasil (0-0, 4-2 nas grandes penalidades), com cerca de 120.000 espetadores nas bancadas.
Outros campeonatos foram organizados em Portugal, todos da alçada da UEFA e sem o mesmo peso, casos dos Europeus de sub-17, em 2003, e de sub-21, em 2006, bem como da fase final da primeira edição da Liga das Nações, ganha pela seleção das ‘quinas’ em 2019.
Sob a ‘tutela’ da UEFA foram várias as organizações em solo luso, com especial destaque para três finais de ‘Champions’ em 2013/14 (Atlético de Madrid-Real Madrid), em 2019/20 (Bayern Munique-Paris Saint-Germain) e em 2020/21 (Chelsea-Manchester City).
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