Ricardo Melo Gouveia reconheceu esta quinta-feira que sentiu um pouco a pressão de estar a representar Portugal nos Jogos Olímpicos Rio2016, terminando a primeira volta do torneio de golfe em 42º lugar com 73 pancadas, duas acima do par.
“Há um pouco mais de pressão. O facto de estarmos a representar o nosso país é digno dessa pressão extra. Senti um pouco no início, mas depois o jogo foi melhorando, consegui acalmar-me e as coisas começaram a correr melhor. Foi só pena o ‘putt’ não ter entrado”, afirmou.
O atleta do Clube de Golfe de Vilamoura disse que o arranque “não foi o ideal” e que “estava à espera de um pouco melhor”, assumindo que sentiu “um pouco falta de ritmo de competição no início”.
Ricardo Melo Gouveia assumiu que para chegar a um bom resultado qualquer golfista tem de ter “quatro dias de muito bom golfe”, porque no Rio estão “alguns dos melhores jogadores do mundo”.
“Mas claro que é possível, senão não fazia sentido estarmos aqui a competir. Nós competimos para vencer e acreditamos que se estivermos com o nosso melhor jogo conseguimos chegar ao pódio ou ao primeiro lugar”, afiançou.
O vento, por vezes forte, que se fez sentir esta quinta-feira na zona do campo olímpico de golfe, tornou o jogo “bastante difícil”.
“A organização do torneio não facilitou na colocação das bandeiras. Houve muitas bandeiras difíceis, mas o australiano que está à frente fez um resultado fora do normal, espero ser eu amanhã [sexta-feira]”, afirmou.
O melhor português de sempre no ranking mundial elogiou o “excelente” campo, que tem um desenho “muito bom”, com “os obstáculos nos sítios certos”.
“Só há um ou outro buraco que, devido ao comprimento que tem a parte dos ‘greens’, não foi desenhada consoante essa distância. De resto, na maior parte dos buracos está tudo muito bem feito. Dou os parabéns à equipa de arquitectos que fez este campo”, afirmou.
Melo Gouveia assumiu que o ambiente na Aldeia Olímpica “está a ser excelente”, considerando que “a equipa portuguesa é excelente, são todos muito acolhedores, muito simpáticos e tem sido uma experiência única”, mostrando-se pouco preocupado com questões como o Zika.
“Estava ontem [quarta-feira] a dizer ao meu pai que ainda não vi nenhum mosquito e não fui picado por nenhum. Acredito que muitos dos jogadores que decidiram não vir se vão arrepender. Os que estão cá vão ter esta experiência única na vida”, disse.
Recorde-se que o golfe está de volta aos Jogos Olímpicos, 112 anos depois. A representar o golfe português no Rio de Janeiro está também Filipe Lima, que terminou no 17º lugar com uma pancada abaixo do par, entre os 60 atletas masculinos em competição.
O australiano Marcus Fraser conseguiu realizar menos oito tacadas que o par e é quem lidera a prova após o primeiro dia do torneio, que decorre até 14 de Agosto.
(Com Agência Lusa)