A seleção portuguesa feminina de futebol ainda não conseguiu esta terça-feira marcar aos Estados Unidos, mas, ao 11.º jogo, e primeiro oficial, a contar para a terceira jornada do Grupo E do Mundial2023, evitou, finalmente, a derrota.
Em jogo disputado no Eden Park, em Auckland, na Nova Zelândia, o conjunto das ‘quinas’ estreou-se a não perder e também a não sofrer, depois de ter encaixado 39 tentos nos 10 particulares realizados entre 1994 e 2021, à média de 3,9 por encontro.
Num jogo em que o ‘nulo’ (0-0) não foi suficiente para seguir para os oitavos de final do Mundial e eliminar os Estados Unidos, o ‘onze’ de Francisco Neto acabou por ter, já em período de descontos, a melhor oportunidade de todo o jogo.
Aos 90+1 minutos, Tatiana Pinto fez um passe em profundidade para o ataque, Telma Encarnação ganhou no ar e isolou Ana Capeta, que furou por entre as centrais e rematou ao poste esquerdo. Se tem marcado, os Estados Unidos podiam estar agora eliminados.
Portugal esteve, assim, muito perto de, finalmente, marcar um golo aos Estados Unidos, que estão na Austrália e na Nova Zelândia à procura de uma quinta vitória num Mundial, à nona edição, e terceira consecutiva, após 2015 e 2019.
As atuais bicampeãs mundiais têm como melhores registos face a Portugal duas goleadas por 7-0, a primeira em 1991, em Sanford, nos Estados Unidos, e a segunda em 2000, em Montechoro, na Algarve Cup.
Sob o comando de Francisco Neto, à frente da formação das ‘quinas’ desde 2014, Portugal conseguiu hoje o primeiro ‘ponto’, depois de ter somado os dois primeiros desaires pela margem mínima.
Na estreia face às norte-americanas, a seleção portuguesa caiu por 1-0 no Estoril, em 08 de novembro de 2018, num embate em que alinharam as ‘navegadoras’ Patrícia Morais, Carole Costa, Sílvia Rebelo, Dolores Silva, Tatiana Pinto, Jéssica Silva, Diana Silva, Carolina Mendes, Fátima Pinto e Andreia Norton.
Um golo de Jessica McDonald, aos 42 minutos, decidiu o embate a favor das norte-americanas, que também atuaram com muitas jogadoras agora presentes na Oceânia, como Alex Morgan, Megan Rapinoe, Rose Lavelle, Lindsey Horan ou Alyssa Naeher.
Em 2019, em dois embates nos Estados Unidos, no espaço de seis dias, Portugal perdeu primeiro por 4-0 e depois por 3-0, mas, no regresso aos ‘states’, mais precisamente a Houston, em 2021, só perdeu por 1-0.
Com o fim já à vista, aos 76 minutos, Samantha Mewis foi deixada solta na pequena área, numa das raras falhas da defesa portuguesa, e não perdoou, cabeceando para fora do alcance de Inês Pereira, depois de um canto na esquerda de Christen Press.
Nesse encontro, Portugal foi compacto e solidário, e teve na guarda-redes Inês Pereira a principal figura, mas pouco conseguiu fazer em termos ofensivos, destacando-se apenas uma iniciativa de Jéssica Silva, aos 61 minutos.
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