Maria Tomé, quinta classificada, foi hoje a melhor portuguesa na prova de elites femininos da etapa da Taça da Europa de triatlo disputada em Quarteira, conquistada pela norueguesa Lotte Miller.
Maria Tomé foi a melhor lusa em todos os segmentos, terminando os 1.500 metros de natação no sexto lugar e passando praticamente todo o setor de ciclismo a liderar o grupo que perseguia as duas primeiras.
Nos 10 quilómetros de corrida, Maria Tomé, que em outubro se tinha sagrado campeã nacional, não teve ritmo para lutar pela medalha de bronze, acabando por concluir no quinto lugar, em 2:04.40 horas, a 1.48 minutos da vencedora.
Lotte Miller, que esteve na frente do princípio ao fim, conquistou a etapa algarvia da Taça da Europa, em 2:02.52 horas, com 56 segundos de vantagem sobre a italiana Ilaria Zane, segunda, e 1.05 minutos sobre a suíça Nora Gmur, terceira.
No Campeonato do Mediterrâneo, que se disputou em simultâneo com a Taça da Europa, Maria Tomé conseguiu o terceiro lugar, atrás de Zane e da espanhola Cecilia Surroca.
“A natação foi dura. Na bicicleta, se calhar abusei um bocadinho e depois as pernas, nas duas primeiras voltas de corrida, não estavam como eu queria. No fim, deu para apanhar a italiana e fazer terceiro lugar no Mediterrâneo”, disse Maria Tomé, numa referência a Sharon Spimi, que estava na frente com Lotte na transição para o último segmento, com 2.30 minutos de vantagem para a lusa, mas foi caindo posições até ao sétimo lugar final.
O resultado satisfez a triatleta portuguesa. “Saí com o número cinco, ou seja, supostamente era a quinta melhor, e acabei mesmo no quinto lugar. Foi o que estava mais ou menos à espera”, afirmou.
Inês Oliveira foi de trás para a frente no atletismo, recuperando o tempo que tinha perdido no segmento de ciclismo para fechar a prova no 23.º lugar (2:11.45 horas).
“Tinha como objetivo um ‘top-20’. Perdi alguns segundos na transição para a bicicleta e falhei a entrada no grupo principal. Cheguei à corrida ‘amassada’, as primeiras voltas custaram muito, mas depois soltei-me e deu para recuperar até final”, apontou a atleta lusa.
Beatriz Santos foi a terceira melhor portuguesa, no 24.º lugar (2:12.01 horas), mas quebrou no atletismo depois de, a pedalar, ter acompanhado Maria Tomé na perseguição às primeiras.
“Não sou corredora, não tenho perfil para correr. Esforcei-me na bicicleta para estar fresca na corrida, mas sofri bastante, senti-me com dificuldades. Dei o meu melhor. Não tinha expectativas especiais, ainda sou júnior e vim experimentar em elites. Ganhei experiência, consegui andar na frente e estou orgulhosa.
Também concluiu a prova Joana Miranda (26.ª, 2:15.26 horas), enquanto Beatriz Pinto foi desqualificada quando, já muito atrasada, foi ultrapassada pelas melhores na bicicleta.