A Fórmula 1 (F1) anunciou esta quarta-feira estar a desenvolver um combustível pioneiro 100% sustentável que pode ser utilizado a partir de 2026, contribuindo para a meta de redução de emissões de poluentes até 2030.
Num relatório divulgado, em Bruxelas, a F1 salienta que o combustível poderá ser utilizado “pela maioria dos automóveis de estrada em todo o mundo”, para além dos carros de corrida.
Manifestando-se empenhada na luta contra as alterações climáticas e em contribuir para as metas de redução em 55% das emissões de gases com efeitos de estufa (GEE) até 2030, a entidade destaca que “a Europa e o mundo precisam de uma solução viável a médio prazo para o problema das emissões de carbono”, considerando que “essa solução já existe: os combustíveis eletrónicos”.
Salientando que a redução das emissões GEE não se faz apenas com a aposta nos veículos elétricos, a F1 defende o desenvolvimento de combustíveis eletrónicos sustentáveis, sintetizados a partir de componentes derivados de um sistema de captura de carbono, de resíduos municipais ou de biomassa não alimentar (como óleos usados).
“A grande vantagem dos combustíveis eletrónicos é o facto de funcionarem com o parque automóvel existente”, refere o organismo.
A F1 destaca ainda “o sucesso” que está a ser a mistura de 55% de combustível sustentável obrigatória para carros nos campeonatos de Fórmula 2 e Fórmula 3 deste ano.
Os combustíveis sustentáveis apresentam claramente oportunidades, juntamente com os veículos elétricos, para descarbonizar os transportes, salienta ainda a F1, lembrando que podem ser usados pelo parque automóvel existente.
O relatório é esta quarta-feira apresentado à imprensa, em Bruxelas, pelo responsável técnico da F1 Pat Symonds, o professor de Engenharia da Universidade de Oxford Felix Leach e os antigos pilotos Sebastian Vettel e Jean Alesi.
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