O ciclista colombiano Daniel Martínez (BORA-hansgrohe), vencedor em 2023, subiu esta quinta-feira à liderança da Volta ao Algarve, depois de vencer a segunda etapa, que terminou no Alto da Fóia.
Na chegada ao ponto mais alto do Algarve, no concelho de Monchique, Martínez venceu em 4:40.20 horas, com o mesmo tempo do belga Remco Evenepoel (Soudal Quick-Step) e com seis segundos de avanço sobre o norte-americano Sepp Kuss (Visma-Lease a Bike).
Na geral, Martínez tem quatro segundos de vantagem sobre Evenepoel, vencedor da ‘Algarvia’ em 2020 e 2021, e 12 sobre Kuss, que triunfou na última Volta a Espanha.
Na sexta-feira, corre-se a terceira etapa, com a ligação de Vila Real de Santo António a Tavira.
Declarações após a segunda etapa da Volta ao Algarve, ganha por Martínez
– Daniel Martínez, Col, BORA-hansgrohe (vencedor da etapa e líder da geral individual): “Foi uma etapa muito exigente. A [Soudal] Quick-Step fez um trabalho muito bom desde o início da etapa, tornou a subida muito dura. No final, senti que tinha boas pernas e fiz-me ao sprint.
Estava à espera que o Remco [Evenepoel] atacasse. Sabia que ia arrancar de longe, mas como estava com muito boas pernas, consegui ganhar.
[Defender o título] Isso é o que quero, vim com essa ideia. Ainda faltam três etapas, nomeadamente o contrarrelógio, que é muito exigente. Terei de me sair bem”.
– Remco Evenepoel, Bel, Soudal Quick-Step (segundo na etapa e na geral individual): “Penso que correu tudo bem. O segundo lugar, talvez, não fosse a melhor classificação possível hoje, mas penso que talvez tenha cometido um pequeno erro, ao arrancar demasiado cedo, porque queria tentar surpreender um pouco toda a gente e colocá-los contra ao vento no sprint. Mas, claro, se há um ciclista que é um pouco mais rápido, mas não me ganha tempo, penso que é um trabalho bem feito.
Nós queríamos ganhar a etapa hoje, mas nem sempre podemos ter aquilo que queremos. Penso que a equipa demonstrou quão forte estamos todos e devemos estar orgulhosos do que fizemos hoje, controlando a etapa toda por nossa conta. Estou orgulhoso dos meus companheiros e é uma pena que tenha havido um ciclista um pouco mais rápido.
[Vento de frente] Surpreendeu, porque na reunião [da equipa] esta manhã, pensámos que ia estar mais vento cruzado, de costas. O vento mudou um pouco e, quando entrámos no nevoeiro, pior. Penso que possa ter sido isso [o nevoeiro] que mudou a direção do vento. Foi uma surpresa.
Hoje, foi uma etapa ‘traiçoeira’, também na descida para a Pomba, e estivemos todo o dia na frente, onde tínhamos de estar. Acabar em segundo também é uma boa maneira de começar esta semana. Há mais chances pela frente [para ganhar]”.
– António Morgado, Por, UAE Emirates (líder da juventude): “Foi difícil, entrei mal colocado nas subidas. Na última subida [à Fóia], vinha a sentir-me bem, mas coloquei-me mal e isso custou-me. Não consegui chegar no grupo da frente.
Isto é uma corrida decidida por segundos, não sou muito bom no contrarrelógio, mas, está fixe, está feito. Queria testar, mostrar que também consigo lutar a subir”.
Leia também: Gerben Thijsen vence em Lagos e é o primeiro líder da Volta ao Algarve