O Benfica venceu esta segunda-feira na visita ao Farense, por 3-1, em jogo da 30.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, mantendo-se a sete pontos do líder Sporting, quando estão 12 em disputa.
O turco Kökçü deu vantagem aos ‘encarnados’, aos 16 minutos, o argelino Belloumi empatou, sete minutos depois, mas o brasileiro Arthur Cabral, aos 34, de calcanhar, e o espanhol Álvaro Carreras, aos 67, selaram o segundo triunfo seguido dos campeões nacionais.
Com esta vitória, o Benfica soma 73 pontos, mantendo-se no segundo lugar, a sete do Sporting, enquanto o Farense permanece no 10.º lugar, com os mesmos 31 pontos de Rio Ave e Gil Vicente, 11.º e 12.ºs classificados, respetivamente.
Declarações após o jogo Farense-Benfica
Após o jogo, José Mota, treinador do Farense, afirmou: “Entraram bem no jogo. Nós, na primeira fase de construção, rapidamente perdíamos a bola, não só pela pressão do Benfica, mas também tivemos pouca clarividência na decisão e facilitámos um pouco a tarefa ao Benfica.
Num desses lances, em que estávamos tranquilos com bola, acabámos por entregar, de uma forma fácil, a bola ao adversário e saiu um passe longo do Florentino para o Di Maria, que faz a transição e acaba por surgir o golo.
Procurámos, dentro do nosso estilo de jogo e de forma determinada, e conseguimos o empate, aí talvez tivesse sido o nosso melhor período. Discutimos o jogo, tivemos mais aproximações junto à área do Benfica e acabámos por sofrer o segundo, também numa jogada em que poderíamos e deveríamos ter feito melhor em termos defensivos.
Na segunda parte, tentámos ser fortes, tivemos atitude, mas muito por mérito do Benfica não conseguíamos ganhar duelos, não conseguíamos ganhar segundas bolas e não conseguíamos circular a bola pelos corredores para criamos desequilíbrios.
Sabíamos que Benfica estava a jogar de uma forma muito concentrada, muito organizada, e naturalmente ganhou. Não queríamos este resultado, como é óbvio, mas temos de reconhecer que, muitas vezes, os adversários foram melhores e, neste caso, o Benfica hoje foi melhor”.
Roger Schmidt, treinador do Benfica, disse: “Acho que foi exatamente como queríamos jogar. Queríamos mostrar uma boa reação depois da desilusão de quinta-feira. É sempre bom mostrarmos caráter no jogo seguinte [a uma derrota], ainda mais jogando fora e depois de 120 minutos, não é fácil.
Tivemos energia, fizemos um bom jogo, criámos oportunidades e marcamos bons golos. Foi um bom jogo, com muito domínio. Estou muito feliz pela prestação dos jogadores.
Mas não estou satisfeito com os adeptos. Na minha opinião, é demais. Consigo compreender que nem toda a gente está satisfeita, que às vezes também perdemos jogos e falhamos oportunidades. Mas, na minha opinião, os meus jogadores dão tudo pelo Benfica e não merecem ser atacados e ofendidos.
Este tipo de reação não é aceitável. É muito exagerado. Para mim, não são benfiquistas. Se se comportam assim, depois de termos ganhado – tal como já tinha acontecido na vitória caseira sobre o Marselha [2-1 para a Liga Europa], em que reagiram assim, mandando a equipa com este sentimento para uma importante segunda mão –, não é bom para o Benfica.
Não posso mudar isso. Precisamos dos adeptos que nos apoiam, que amam o Benfica, não precisamos deste tipo de adeptos. Espero que fiquem em casa”.
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