As questões mais inquietantes surgidas no âmbito do X Festival de Perguntas CIV deste ano letivo já andam a circular nos transportes urbanos do concelho de Loulé.
O óculo traseiro de um conjunto de autocarros da rede ‘Apanha-me!’ (Loulé Global) transporta, agora, questões como: “Why are we here?” (Grace Gandhi, 5 anos); “What defines consciousness?” (David Lopes, 15 anos); “O que nos torna humanos?” (Nanda Scheidemantel, 14 anos) ou “Se este fosse o seu último dia vivo, você estaria satisfeito com sua vida?” (Joaquim Pacheco, 12 anos).
A iniciativa surge no ano em que o Festival de Perguntas – que se realiza anualmente entre a comunidade CIV -, assinala o seu décimo aniversário e em que a disciplina de Filosofia para Crianças e Jovens comemora 25 anos nesta instituição de ensino internacional.
Nas palavras da mentora do projeto e facilitadora de Filosofia, Laurinda Silva, “as perguntas continuam a traduzir o espanto e inquietação dos alunos em relação ao mundo, e projetam as suas ideias sobre como esse mundo poderia ser.” Esse exercício é, assim, abraçado com entusiasmo todos os anos pela comunidade educativa.
“Este projeto coloca em destaque uma das mais importantes missões da escola: suscitar o pensamento crítico e o gosto pelo conhecimento. Recordando o livro A more beautiful question, de Warren Berger (2014), ‘colocar questões permite-nos aprender mais e ajuda-nos a melhorar o relacionamento com os outros’”, salienta Cidália Bicho, diretora pedagógica do CIV.
Depois de terem saltado, em janeiro volvido, da esfera escolar para as montras da Rua Maria Campina, materializadas em desenho por alunos do CIV, com o apoio da Câmara Municipal de Loulé e da Loulé Concelho Global; depois de terem dado origem a uma exposição coletiva na Galeria Aderita Artistic Space, em Vale do Lobo, envolvendo sete perguntas e 10 artistas convidados a ilustrá-las, as perguntas são agora projetadas noutros sentidos, percorrendo o concelho, nas rotas de Loulé, Quarteira e Almancil.
O CIV “está muito interessado no retorno deste desafio, e apela a que quem se sinta inquietado pela pergunta, envie feedback através das suas redes sociais”.