A orquestra do norte do país sobe ao palco no segundo espetáculo da 6.ª edição do festival, que retoma a normalidade “após dois anos de interregno”, mas com “alguns momentos de programação”, devido à pandemia de covid-19, destacou Gil Silva, diretor da sala algarvia.
O diretor do Teatro das Figuras disse à Lusa que Os Dias do Jazz são um festival criado em 2015 que tem como principal objetivo levar o jazz “não só ao Teatro Municipal de Faro, mas também à cidade”, com concertos que se realizam nas salas de espetáculo convencionais, mas também em espaços de parceiros e colaboradores que permitem uma maior dispersão da programação.
Depois do Teatro das Figuras, o festival rumará ao Teatro Lethes, a outra grande sala de espetáculos de Faro, onde, no dia 13 de maio, será feita a “apresentação de um projeto do Pedro Branco, com João Sousa”, que irá fazer uma “reinterpretação do primeiro álbum do Marco Paulo”, prosseguiu Gil Silva.
A Associação Recreativa e Cultural de Músicos de Faro é uma das entidades que colaboram com o festival, acolhendo, no dia 18, uma atuação de João Frade Trio, juntamente com a Casa das Virtudes, onde se realiza, no dia 21, um concerto de Sónia “Little B” Cabrita 4tet, antecipou ainda o diretor do Teatro das Figuras.
O último grande espetáculo do cartaz fica a cargo de Nebuchadnezzar, no dia 22, no Clube Farense, mas o festival conta também, “além dos concertos em si”, com “outras atividades” como uma ‘masterclass’ ou ‘jam sessions’, que vão acontecer durante o festival na Associação de Músicos.
Gil Silva sublinhou que estas iniciativas “são abertas” e as pessoas podem participar, havendo, por exemplo, um “conjunto base que assegura a ‘jam session’ e depois os músicos vão entrando e participando”, sendo apenas necessário “aparecer e tocar”.
“O festival tem também uma particularidade, que é a de todas as bandas que estão no cartaz terem músicos do Algarve ou com ligações ao Algarve, o que é muito interessante e também mostra a vitalidade do jazz no Algarve”, considerou.
Gil Silva disse ainda que “o jazz é um estilo de música que por si tem a improvisação na sua génese” e realçou a importância de “também mostrar esta faceta e este estilo de música ao público” do festival e Faro, “que tem aderido bastante bem” a esta proposta.
Gil Silva fez ainda um balanço positivo do espetáculo de estreia do festival, no sábado passado, com a Orquestra de Jazz do Algarve e Vânia Fernandes, que levou à sala do Teatro das Figuras “mais de 400 espectadores”, mostrando que o público local tem “vontade de consumir, apreciar e desfrutar deste género musical”.