Um colóquio, a inauguração de uma escultura evocativa desta efeméride e a exibição de uma exposição foto-documental são apenas algumas das iniciativas que vão acontecer, nos próximos dias 29 e 30 de julho, no âmbito do programa comemorativo do Centenário da Chegada do Comboio a Lagos.
No próximo dia 30 de julho perfazem-se 100 anos desde que um comboio chegou pela primeira vez à Estação Ferroviária de Lagos.
A imprensa da época deu eco do acontecimento, que mereceu a presença de importantes figuras da cena política nacional e foi vivido com euforia pela população local. Mas a documentação também relata o quão difícil e moroso foi o processo percorrido para tornar essa ligação tão ambicionada pelos lacobrigenses numa realidade concretizada.
Recordar o acontecimento, os seus atores e compreender o respetivo contexto social, político e económico, é um dos objetivos desta iniciativa do município de Lagos, que, para além de procurar recuperar a memória histórica, vê, nesta efeméride, igualmente, a oportunidade para suscitar a reflexão em torno do papel da ferrovia nos dias de hoje, face aos desafios da sustentabilidade.
O programa arranca na sexta-feira, dia 29, no Centro Cultural de Lagos, com o colóquio “100 Anos da Chegada do Comboio a Lagos ― passado, presente e futuro”, evento que conta com a participação de reputados oradores, no domínio da investigação histórica, da mobilidade e transportes, a que se juntam figuras de proa das entidades-chave do setor, como são a IP – Infraestruturas de Portugal, a CP-Comboios de Portugal e a Fundação Museu Nacional Ferroviário.
O evento tem entrada livre, com inscrição prévia a decorrer através de formulário online.
No dia seguinte, data em que se perfazem os 100 anos, as atenções viram-se para a Estação Ferroviária de Lagos e para a receção à chegada da viagem de comboio comemorativa, que está prevista acontecer ao final da manhã, com animação musical a cargo da Sociedade Filarmónica Lacobrigense 1.º de Maio e a presença do Rancho Folclórico e Etnográfico de Odiáxere. O momento será, depois, perpetuado com a inauguração de uma nova peça de arte pública – uma escultura da autoria de João Duarte que vai ser instalada na rotunda viária situada entre a antiga e a nova Estação Ferroviária de Lagos – a marcar a paisagem urbana da cidade.
À tarde o palco das comemorações volta a ser o Centro Cultural de Lagos, equipamento cultural que irá receber a cerimónia de assinatura do Protocolo de Gestão Partilhada do Núcleo Museológico de Lagos do Museu Nacional Ferroviário, a apresentação de edições comemorativas da efeméride (medalha e peças filatélicas), e, a fechar com chave de ouro, a inauguração da exposição foto-documental “Lagos, a última paragem”, que ficará patente até ao final do ano.
O tema constitui, ainda, o mote do desafio lançado pelo município às doceiras para os trabalhos a apresentar na 33.ª Feira Concurso Arte Doce, a decorrer em simultâneo (27 a 31 de julho) em Lagos, assim como o conceito em torno do qual a associação cultural “Questão Repetida” desenvolveu duas criações artísticas de arte urbana (fotografia) que irão estar expostas e poder ser apreciadas em espaços públicos da cidade.
Para aceder ao programa basta clicar aqui.