O Festival MED, que se realiza em Loulé, comemora nesta edição os seus 20 anos com uma oferta musical de 30 países, contando pela primeira vez com um país convidado, Marrocos, disse hoje à Lusa o seu diretor.
Carlos Carmo, vereador da Câmara de Loulé e diretor do festival, disse à agência Lusa que o evento voltará a animar a zona histórica da cidade entre 27 e 30 de junho com uma oferta que “não é só musical” e conta também com “um conjunto de ofertas culturais” que são a “imagem de marca” do evento.
A principal novidade desta edição é a escolha, pela primeira vez, de um país convidado, que recaiu sobre o Reino de Marrocos, destacou o diretor do festival, frisando que a organização já vinha a trabalhar para este objetivo e considerou que o 20.º aniversário era o momento de “iniciar um percurso de países convidados em cada edição”.
“A escolha recaiu sobre o Reino de Marrocos e, nessa perspetiva, iremos ter, por exemplo, naquilo que é uma programação musical, um nome de Marrocos em cada uma das noites que são programadas e pagas”, antecipou, anunciando que o primeiro artista marroquino confirmado é Oum, uma cantautora de música popular marroquina contemporânea.
Visitantes poderão ver artesãos, ouvir música tradicional marroquina e degustar alguma da sua gastronomia
A presença do país do norte de África como primeira nação convidada do MED é também assinalada com “um espaço dedicado a Marrocos”, onde os visitantes poderão ver artesãos, ouvir música tradicional marroquina e degustar alguma da sua gastronomia, acrescentou Carlos Carmo.
Uma conferência, a apresentação de um livro e duas exposições sobre Marrocos são outras das atividades relacionadas com o país convidado, a par da animação de rua com elementos tradicionais do país, referiu também o diretor do festival.
“Esta é uma grande novidade, podemos dizer, da edição dos 20 anos do festival”, considerou.
Quanto aos artistas já anunciados para a edição de 2024 do festival, Carlos Carmo destacou os regressos do jamaicano Anthony B e dos Dubioza Kolektiv, da Bósnia Herzegovina, a presença de Kumbia Boruka, grupo composto por elementos do México, Chile, Argentina ou França, e dos portugueses Kumpania Algazarra, que “também estão a comemorar 20 anos e vão assinalá-los no festival”.
Roberto Fonseca, que é “um grande nome da música cubana”, a marroquina Oum, que regressa ao festival após quatro anos, ou o cabo-verdiano Tito Paris, foram também referenciados pelo diretor do festival.
Carlos Carmo sublinhou a importância de o festival contar este ano com a presença de artistas provenientes de três países que ainda não tinham estado representados MED, através das atuações de Afrotronix (Chade), Idiotape (Coreia do Sul) e Puuluup (Estónia).
“Teremos 30 nacionalidades diferentes representantes aqui no festival. Será provavelmente, arrisco-me a dizer, a edição do festival com o maior número de nacionalidades”, concluiu o vereador da câmara de Loulé, promotora do festival, que já recebeu 355 mil visitantes e 665 bandas de 75 nacionalidades nas edições já realizadas.
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