Gastronomia, espetáculos, artesanato ou conferências são elementos que compõem o programa da 10.ª Feira da Dieta Mediterrânica, que se realiza em Tavira, de 5 a 8 de setembro, anunciou a organização.
Na conferência de imprensa de apresentação do evento, criado em 2013 e que não se realizou durante dois anos devido pandemia, a presidente da Câmara de Tavira, Ana Paula Martins, lembrou que o mesmo começou ainda antes de a candidatura de sete países da bacia do Mediterrâneo, do qual a cidade algarvia é a comunidade representativa em Portugal, ser aprovada pela Organização das Nações Unidas para a Educação Ciência e Cultura (UNESCO).
“A Feira da Dieta Mediterrânica começou há uns anos, até antes de termos o reconhecimento da UNESCO, com o objetivo de começarmos a divulgar este património milenar, comum aos povos situados na bacia do mar Mediterrâneo”, afirmou a autarca na apresentação da Feira, realizada nos Paços do Concelho.
Ana Paula Martins destacou que, após um início “tímido” e “muito diferente daquilo que é a edição de hoje em dia”, o evento foi crescendo e conta hoje com 170 expositores, quer institucionais (45) quer dos setores agroalimentar e do artesanato (125).
Estes expositores irão distribuir-se pelo centro histórico da cidade, que é também ele uma memória de um passado marcado pelas culturas do Mediterrâneo, como a fenícia, a romana ou a árabe, referiu.
“A feira foi crescendo, não só para haver mais animação, mas porque sentimos essa necessidade de crescer, de a dar a conhecer às pessoas, porque como todos sabemos o património imaterial não é como o património material, é um conjunto de saberes e tradições, que temos de ir passando de geração em geração, e foi por isso que a feira foi crescendo”, justificou.
A autarca frisou que a dieta mediterrânica “não se restringe à gastronomia” e a feira “é mais que comida”, sendo que desde a sua criação foi “melhorando” e contando com cada vez mais expositores, artistas e parceiros, como a Comissão de Coordenação Regional (CCDR) do Algarve, o Turismo do Algarve, a Universidade do Algarve, a Associação In-Loco e as escolas de hotelaria.
“Começámos com um palco, hoje temos três, começámos com, se calhar, 100 expositores, hoje temos 170, começámos primeiramente só com o fado e depois fomos introduzindo outros patrimónios imateriais que também fazem parte da feira, como os caretos de Podence, o Teatro Dom Roberto, o cante alentejano, e tudo isto foi obviamente ganhando dimensão e fazendo da feira o que ela é hoje”, argumentou.
Ana Paula Martins salientou a importância do trabalho em rede realizado pelos parceiros desde o início, sublinhando que a feira “não é única e exclusivamente feita pelo município”, que suporta “uma parte considerável” do orçamento, mas fruto de um trabalho realizado por todas as entidades parceiras, “que durante praticamente um ano trabalham para preparar este programa”.
Entre os novos parceiros que se associam ao evento está o INATEL, encarregado da animação no palco Lota, que será dedicado à cultura popular portuguesa, destacou a autarca, referindo que vai haver também “demonstrações culinárias, numa parceria com as escolas de hotelaria e turismo”, visitas às coleções de fruteiras ou explorações agrícolas, ou um seminário no programa.
Artistas como Rui Veloso, Júlio Pereira ou o projeto Amália Hoje vão também estar presentes nesta edição, que conta com projetos musicais de outros países que integraram a candidatura da dieta mediterrânica a património Imaterial da UNESCO, como Espanha, Itália ou Macedónia, foi também anunciado.
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