O espetáculo “José, o Pai”, de Elmano Sancho, sobe ao palco do Teatro das Figuras, em Faro, no dia 9 de junho, às 21:30.
O encenador e ator Elmano Sancho foi nomeado cinco vezes aos globos de ouro, quatro vezes aos prémios da Sociedade Portuguesa de Autores, tendo ganho em 2015, com o espetáculo Misterman.
Elmano ganhou a menção especial do prémio da crítica atribuída pela Associação Portuguesa de Críticos com I Can´t Breathe, em 2016 e o grande prémio Mirpuri de teatro Carlos Avilez em 2018.
“As ficções dramáticas sempre se interessaram pelas famílias infelizes, basta lembrar os Átridas. Talvez porque, parafraseando Tolstoi, as famílias felizes nada têm de particular, ao passo que cada família infeliz é infeliz à sua maneira”, pode ler-se na sinopse da peça.
“Crise” e “incomunicação” são palavras-chave para acedermos a José, o Pai, o último capítulo (depois de Maria, a Mãe e de Jesus, o Filho) da trilogia A Sagrada Família, projeto de longo curso de Elmano Sancho.
“Há sempre uma violência iminente na família”, acredita o dramaturgo, ator e encenador. “Porque é o espaço mais íntimo que temos, e com a intimidade vem o amor, mas também a violência.” José, um ator velho e desempregado, renuncia ao papel de pai, vítima de um mundo que exige novas formas de autoridade. Mas José – para onde convergem as figuras de Deus Pai e do Diabo – não cede o seu lugar. José, o Pai coloca em tensão os arquétipos da cultura patriarcal e as relações entre arte/performance e religião/ritual.
A peça tem autoria e encenação de Elmano Sancho, cenografia de Samantha Silva, figurinos de Ana Paula Rocha, desenho de luz de Pedro Nabais e a assistência de encenação está a cargo de Paulo Lage.
Fazem parte do elenco de atores Djucu Dabó, Isadora Alves, Jorge Pinto e Sílvia Filipe.
Trata-se de uma coprodução de Loup Solitaire, Teatro da Trindade, Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão, Cine-Teatro Louletano, Teatro das Figuras, Teatro Nacional São João.
O espetáculo conta com os apoios de ACAPO, ACEGIS, ADEB, ADSCCL, AGUINENSO, Companhia Olga Roriz,
O projeto é financiado pela Direção-Geral das Artes e pela Câmara Municipal de Lisboa.