A 1ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior terminou à meia-noite de segunda-feira, com 61.473 alunos a candidatarem-se a uma universidade ou politécnico público. O número supera em 7913 o de vagas inicialmente disponibilizadas e o Ministério pode ainda autorizar um reforço adicional, tal como fez nos últimos dois anos.
“O Ministério tomará decisões sobre esta matéria apenas após concluído o concurso e auscultada a Comissão Nacional de Acesso ao Ensino Superior”, indicou a tutela na véspera do final do concurso.
Em 2021 e perante o número recorde de candidatos (próximo dos 64 mil), o Ministério então liderado por Manuel Heitor autorizou um aumento de 3080 vagas face ao valor divulgado inicialmente, permitindo que ainda em setembro os alunos que já se tinham candidatado atualizassem as suas escolas e outros que estavam em condições de o fazer concorressem.
O número de vagas para a 1ª fase passou assim de cerca de 53 mil para 56 mil. Para 2022/23, universidades e politécnicos públicos abriram 53.560, ficando agora por saber se voltará a haver um reforço.
Em declarações ao Jornal de Notícias e ao Público, o presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas e reitor da Universidade do Porto mostrou-se crítico de um aumento sem a respetiva compensação financeira por parte do Orçamento do Estado, o que não tem acontecido nos últimos anos, explica.
Pelo terceiro ano consecutivo – muito por via das alterações nas regras de exames nacionais (que não têm contado para a conclusão das disciplinas do secundário por causa da pandemia e das adaptações ao ensino) -, o Ministério recebeu mais de 60 mil candidaturas na 1ª fase do concurso do ensino superior. Os resultados serão conhecidos a 11 de setembro.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL