Os alunos do 7º ano do Colégio Bernardette Romeira embarcaram num passeio interpretativo baseado no livro “Faro – Guia de geologia e paleontologia urbana”, de Luís Azevedo Rodrigues e Margarida Agostinho.
Os estudantes, no passado dia 10 de março, exploraram a cidade tendo por guia o Geólogo Stefan Rosendahl, que lhes mostrou as formações geológicas pré-históricas presentes na pedra utilizada para construir diversos edifícios em Faro, e os guiou através das eras das quais provieram.
Os alunos começaram por ter uma noção de quando a Terra se formou, de quando apareceram os primeiros seres vivos, depois os dinossauros e finalmente os seres humanos. Entre outras curiosas observações, os jovens observaram que tipo de rochas é possível encontrar na antiga muralha de Faro, tendo encontrado os três tipos de rochas: as sedimentares, metamórficas e magmáticas.
Seguiram então para a Catedral de Faro, onde encontraram nas escadas e nas paredes galerias e marcas deixadas há muito tempo por seres vivos aquáticos (icnofósseis). Stefan também chamou a atenção para os diferentes símbolos que se encontram gravados nas rochas que constituem as paredes externas da Catedral: representavam as marcas do pedreiro que as tinha trabalhado. Os alunos partiram à descoberta destes símbolos, tendo encontrado vários – sinal da quantidade de pedreiros que trabalhou na construção do edifício.
Descobriram vestígios de animais pré-históricos nas construções mais antigas da Cidade Velha, e até fósseis de rudistas na fachada do Hotel Faro, encontraram ainda fósseis de corais e de amonites em vários pontos da cidade.
Os alunos visitaram ainda o Museu Municipal de Faro onde, sob a orientação da Drª Sofia Mendes, fizeram o percurso das civilizações que mais influenciaram a cidade de Faro, ou seja, exposições de vestígios romanos e muçulmanos.
Esta atividade foi desenvolvida como uma iniciativa transdisciplinar de Ciências Naturais e História, que deu aos alunos a possibilidade de compreenderem como o mundo natural e a história da civilização humana estão profundamente conectados.