A Disney está a preparar-se para lançar novas adaptações de alguns dos seus clássicos mais icónicos, desta vez em formato live action. Esta tendência de transformar animações em filmes com atores reais tem sido uma aposta recorrente nos últimos anos, com resultados mistos entre o público e a crítica. Apesar das opiniões divididas, o estúdio continua a investir nesta estratégia, com várias produções já confirmadas para os próximos anos.
Novas versões de clássicos da Disney
Nos últimos anos, a Disney já produziu adaptações de filmes como Cinderela (2015), A Bela e o Monstro (2017) e Aladdin (2019). Estas produções foram, na sua maioria, bem recebidas pelo público e conseguiram resultados positivos nas bilheteiras, o que levou o estúdio a continuar a apostar neste formato.
Agora, estão a caminho novas adaptações de histórias que marcaram gerações. A ideia parece ser captar a atenção de um público mais jovem, que não cresceu com as animações originais, ao mesmo tempo que procura atrair os espectadores mais antigos através da nostalgia. Esta estratégia tem permitido à Disney manter o interesse em torno das suas propriedades clássicas, adaptando-as às exigências do mercado atual.
Filmes com estreia já confirmada
Entre os lançamentos já programados, destaca-se a nova versão de Branca de Neve, com estreia prevista para março de 2025. Rachel Zegler foi escolhida para interpretar o papel principal, enquanto Gal Gadot dará vida à Rainha Má. A produção promete manter-se fiel à animação de 1937, mas com uma abordagem mais atualizada.
Também em 2025, será lançada a adaptação em live action de Lilo & Stitch, que conta a história de uma menina havaiana e do seu companheiro alienígena. A versão animada, lançada em 2002, conquistou muitos fãs pelo tom leve e pela mensagem sobre família, e espera-se que esta nova versão mantenha esse equilíbrio entre humor e emoção.
Já Moana terá a sua adaptação para live action em julho de 2026, mesmo sendo uma das animações mais recentes da Disney (lançada em 2016). Dwayne Johnson voltará a interpretar Maui, o que sugere que a nova versão manterá parte do espírito da animação original, embora com uma abordagem mais realista.
Projetos em desenvolvimento
Entre os filmes que ainda estão em fase de produção, destaca-se Hércules, que será produzido pelos irmãos Russo, conhecidos pelo trabalho em vários filmes do universo Marvel. Ainda não há muitos detalhes sobre o elenco ou o enredo, mas os produtores já sugeriram que o filme terá um tom moderno e uma abordagem mais dinâmica.
O Corcunda de Notre Dame também está a ser adaptado, com David Henry Hwang responsável pelo guião. A animação original, lançada em 1996, é considerada uma das mais sombrias da Disney, o que coloca o desafio de adaptar o tom trágico e dramático para uma versão com atores reais. A data de estreia ainda não foi definida.
Outra adaptação confirmada é Cruela 2, que contará novamente com Emma Stone no papel de Cruela de Vil. A primeira versão live action focada na vilã de 101 Dálmatas foi lançada em 2021 e recebeu críticas positivas, especialmente pelo desempenho de Emma Stone. Os detalhes sobre o enredo ainda são desconhecidos.
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Adaptações sem data definida
Para além dos projetos já anunciados, há outras adaptações que ainda estão numa fase inicial de produção. Uma delas é Bambi, que terá o guião escrito por Geneva Robertson-Dworet e Lindsey Beer. A animação original (1942) é conhecida pelo seu tom emocional e pelas cenas marcantes, o que levanta dúvidas sobre como a Disney irá adaptar a história para um formato mais realista sem perder o impacto emocional.
Livro da Selva 2 também está em desenvolvimento. O primeiro filme em live action, lançado em 2016, foi um sucesso de bilheteira e de crítica, o que levou à confirmação de uma sequela. Neel Sethi deverá regressar ao papel de Mowgli, mas ainda não há informações concretas sobre o enredo ou o elenco.
Por fim, está em preparação Aladdin 2, embora o projeto ainda esteja numa fase inicial. O primeiro filme foi bem-sucedido em termos comerciais, o que levou à confirmação de uma continuação. Dan Lin e Jonathan Eirich voltarão a produzir o filme, enquanto John Gatins e Andrea Berloff estão a trabalhar no guião. Ainda não há confirmação sobre o regresso de Will Smith como Génio.
Entre nostalgia e mercado moderno
O interesse da Disney por adaptações em live action parece ser tanto uma estratégia de mercado como uma tentativa de manter a relevância dos seus clássicos num contexto de mudanças rápidas na indústria do entretenimento. As plataformas de streaming e a concorrência com outros estúdios obrigam a Disney a procurar novas formas de capitalizar os seus sucessos do passado.
Como refere a Marketeer, adecisão de adaptar filmes mais recentes, como Moana, mostra que o estúdio não está apenas focado em reviver os clássicos antigos, mas também em explorar o potencial comercial de produções mais modernas.
Riscos perante o público
No entanto, esta estratégia não está isenta de riscos. A receção mista de algumas adaptações anteriores, como O Rei Leão (2019), mostra que o público valoriza a inovação, mas não quer perder a essência das histórias originais.
A Disney parece estar a tentar encontrar um equilíbrio entre fidelidade aos clássicos originais e a necessidade de modernizar estas histórias para um público atual.
Os próximos anos vão mostrar se esta fórmula continuará a funcionar ou se o público começará a perder o interesse por estas versões em carne e osso.
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