António de Oliveira Salazar nasceu a 28 de abril de 1889, no Vimieiro, concelho de Santa Comba Dão, Portugal. Filho de pequenos proprietários rurais, ingressou no seminário de Viseu, mas optou por não seguir a vida religiosa. Posteriormente, matriculou-se na Universidade de Coimbra, onde concluiu a licenciatura em Direito em 1914, destacando-se na área de Ciências Económicas e Financeiras.
Em 1926, após o golpe militar que instaurou a Ditadura Militar em Portugal, Salazar foi convidado para assumir a pasta das Finanças, cargo que inicialmente recusou. Dois anos depois, em 1928, aceitou o convite e, como Ministro das Finanças, implementou medidas rigorosas que equilibraram as contas públicas, ganhando notoriedade pela sua gestão austera, explica a RTP Ensina.
Em 1932, foi nomeado Presidente do Conselho de Ministros, cargo equivalente a Primeiro-Ministro, consolidando o regime autoritário conhecido como Estado Novo. Durante o seu governo, que perdurou até 1968, Salazar implementou políticas conservadoras, nacionalistas e corporativistas, restringindo liberdades civis e políticas, e mantendo Portugal neutral durante a Segunda Guerra Mundial.
Em agosto de 1968, Salazar sofreu um acidente doméstico ao cair de uma cadeira, resultando em lesões cerebrais graves. Apesar de uma cirurgia para aliviar a pressão causada por um edema cerebral, a sua saúde deteriorou-se, levando à sua substituição no governo por Marcello Caetano. Curiosamente, até à sua morte, Salazar acreditou que ainda governava Portugal, uma ilusão mantida pelos seus próximos para preservar a sua tranquilidade.
António de Oliveira Salazar faleceu a 27 de julho de 1970, em Lisboa, aos 81 anos. O seu funeral realizou-se no Mosteiro dos Jerónimos, seguindo posteriormente para Santa Comba Dão, onde foi sepultado. A sua morte marcou o fim de uma era que influenciou profundamente a história contemporânea de Portugal, deixando um legado controverso que continua a ser objeto de estudo e debate.
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