
A Exposição “LOULÉ. Territórios. Memórias. Identidades” valeu a Loulé o galardão de Município do Ano na região algarvia, no âmbito dos prémios atribuídos pela Universidade do Minho, através da sua plataforma UM-Cidades, que pretende distinguir projectos inovadores promovidos pelas autarquias. A cerimónia de entrega dos galardões decorreu em Guimarães, na passada sexta-feira, 16 de Novembro.
Com o objectivo de reconhecer e premiar as boas práticas em projectos implementados pelos municípios com impactos assinaláveis no território, na economia e na sociedade, que promovam o crescimento, a inclusão e/ou a sustentabilidade, esta iniciativa premiou nove municípios, um por cada região de norte a sul do país. A nível nacional o grande vencedor foi o Município de Arouca.
Na região algarvia, Loulé foi um dos três municípios finalistas e venceu às candidaturas de Albufeira, que concorria com o projecto GTI – Grupo de Trabalho de Idosos e Alcoutim, com o Festival do Contrabando.

Já em 2016, Loulé foi o vencedor no Algarve destes prémios, com o projecto “Loulé Criativo”.
O autarca de Loulé, Vítor Aleixo, disse no momento da recepção do galardão ser este “mais um prémio que nos responsabiliza e exige que se continue a trabalhar de forma empenhada, colaborativa e disruptiva, valorizando o património e potenciando o desenvolvimento económico do concelho. Este é um caminho que continua, estamos a trabalhar afincadamente no projecto do ‘Quarteirão Cultural’ que emerge deste trabalho prévio realizado no âmbito da exposição”.
Exposição levou 15 meses a preparar
“LOULÉ. Territórios. Memórias. Identidades” é uma exposição criada de forma integrada para a valorização de um território e do seu património cultural, promovendo o reforço de uma identidade junto das suas comunidades. Patente ao público desde Junho de 2017, no Museu Nacional de Arqueologia, Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, apresenta mais de sete mil anos de história do concelho, revela costumes, hábitos alimentares e a vida quotidiana das várias civilizações que por ali passaram através de peças arqueológicas. É o resultado de 15 meses de preparação, 12 comissários científicos e executivos, 40 autores de textos, 1.200 bens arqueológicos inventariados, 504 peças expostas, 166 peças restauradas, 154 sítios arqueológicos devidamente cartografados no sistema de informação documental e geográfica, parceria com 11 instituições, 54 técnicos envolvidos, contributo de mais de 20 profissões, entre tantos outros números.

Esta iniciativa já foi galardoada pela Associação Portuguesa de Museologia, com os Prémios APOM-2018, mas relativos a 2017, nas categorias, de “Melhor Parceria” e de “Melhor Catálogo”, e teve ainda uma Menção Honrosa na área da “Educação e Mediação Cultural”.
Até ao momento, já visitaram a exposição 230 mil pessoas.