
A instalação/escultura Estais, de Carlos No, que está patente no Museu Municipal de Faro, iniciou o ciclo de arte contemporânea A Arte Faz Bem?, um projecto Artadentro em colaboração com o Município de Faro e o Museu Municipal de Faro.
A obra escultórica de Carlos No é essencialmente caracterizada pela reflexão crítica sobre temas de relevância social, nomeadamente os relacionados com o desrespeito dos direitos humanos: situações de injustiça, ausência de liberdade, exploração e abuso de poder, etc. Trata-se portanto, de um projecto artístico que utiliza a linguagem da arte como ferramenta de intervenção e sensibilização pública para problemáticas de interesse geral.
Em Estais — forma do verbo estar, ou termo náutico que designa os cabos que fixam a mastreação —, Carlos No apresenta um projecto site-specific, que aborda a um tempo dois problemas actuais relevantes, embora de natureza diferente: por um lado um flagelo cíclico anual; por outro, uma espécie de bloqueio atávico que nos impede de, atempadamente, solucionarmos fenómenos perniciosos sobejamente identificados e com remédio conhecido e comprovado.
A Arte Faz Bem?, é um novo ciclo de arte contemporânea com início no corrente mês de Outubro e que decorre até Maio de 2019, com curadoria da Artadentro, realizado em colaboração com o Museu Municipal de Faro e apoiado pelo Município de Faro. É, essencialmente, mais um passo no sentido da sensibilização pública para a relevância social da actividade artística, nomeadamente no campo da arte contemporânea, correspondendo às necessidades da actualidade farense.

A instalação/escultura de Carlos No pode ser apreciada até ao próximo dia 18 de Novembro, de terça a sexta-feira, das 10 às 18 horas; ao fim-de-semana, das 10:30 às 17 horas.
Sobre o artista
Carlos No é um “artista cuja obra plástica caracteriza-se essencialmente pela expressão de uma preocupação crítica face a temas relacionados com o desrespeito dos Direitos Humanos nomeadamente no que se refere a situações de injustiça, ausência de liberdade, exploração e abuso de Poder”.
O artista “recorre a imagens, textos e objectos que utiliza mediante um dispositivo de confrontação de sentidos, como forma irónica de transmitir o seu ponto de vista sobre os assuntos em questão, explorando conceitos como os de Poder, Justiça, Exclusão, Identidade”.
Carlos No (Lisboa, 1967), vive e trabalha na Ericeira, fez a sua formação em pintura e escultura no Ar.Co. em Lisboa. Expõe desde 1991, e a sua obra integra colecções institucionais e particulares em Portugal, bem como colecções particulares na Alemanha, Bélgica, Brasil, Espanha, Finlândia, França, Hungria, Macau, México, Países Baixos, República Checa e Suécia. Actualmente é representado pelas galerias: Galeria Sete (Coimbra), Galeria Arthobler (Zurique, Suíça), a Galeria Elizabeth Couturier (Lyon, França) e a Galeria Maaret Finnberg (Turku, Finlândia).