A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) anunciou esta segunda-feira que, nos últimos meses, deteve 32 pessoas por estarem a vender bilhetes para os concertos da banda Coldplay, nas redes sociais, “a preços muito acima do seu valor facial”.
As detenções foram feitas no âmbito de uma operação nacional direcionada para a venda irregular de bilhetes para os concertos da banda em Coimbra, durante a qual foram apreendidos 56 bilhetes.
O Estádio Cidade de Coimbra recebeu no domingo o último de quatro concertos dos Coldplay, aos quais terão assistido cerca de 200 mil pessoas.
Em comunicado, a ASAE referiu que, só nos dias do evento, “foram apreendidos 35 bilhetes e detidos 18 indivíduos pela prática de crime de especulação na venda de bilhetes comercializados nas redes sociais e com preços superiores ao seu valor facial, atingindo margens líquidas especuladas entre 305 e 325 euros por bilhete”.
“Todos os detidos foram presentes às autoridades judiciárias, tendo sido aplicadas várias medidas de suspensão provisória do processo que variaram entre os quatro e dez meses e/ou pagamento de injunções entre valores de 300 a 600 euros”, acrescentou.
Na quinta-feira, os inspetores da ASAE intercetaram “um indivíduo que tinha na sua posse uma credencial falsa e como tal, fazia-se passar por elemento do ‘staff’”.
Segundo a ASAE, “com esta documentação falsa, procedia à venda de vários documentos de acesso, tendo sido apreendidas três credenciais e quatro pulseiras usadas”.
Como estava em situação irregular em Portugal, “foi entregue à força de segurança presente no evento e detido pela prática dos crimes de falsificação de documento, usurpação de funções e burla contra a entidade organizadora, tendo sido presente à autoridade judiciária, que decidiu pela suspensão provisória do processo”, explicou.
No sábado, foi detido pela ASAE quando, “com um outro indivíduo, estavam a proceder à venda de artigos têxteis contrafeitos na via pública”, tendo-lhes sido apreendidos 169 artigos e 155 euros, acrescentou.
A operação nacional foi realizada pela Unidade Nacional de Informações e Investigação Criminal da ASAE.