Numa iniciativa do Município de Loulé através do Cineteatro Louletano, o Som Riscado aposta uma vez mais numa programação arrojada e inovadora, assente em diálogos experimentais entre música e imagem e em novas explorações ao nível da arte sonora.
Dia 19 de novembro regressa em força um dos mais singulares e irreverentes festivais a sul do Tejo, o Festival Som Riscado, que se prolonga até 22 com propostas variadas que incluem espetáculos, instalações, formações e debates.
Face à conjuntura, o Festival planeou o reforço das medidas de higiene e segurança, transpondo para todos os eventos as normas sanitárias que têm garantido ao Cineteatro Louletano a manutenção do selo “Safe&Clean”.
Este ano estão confirmados nomes de referência na área da música experimental, como Surma, no dia 21, às 20:30 horas, onde se prevê a apresentação, em pré-estreia nacional, de alguns temas do novo disco e de uma nova formação em palco, a par de Joana Gama, Luís Fernandes e Drumming GP, no dia 22, às 18:00 horas. Estes três últimos serão acompanhados pelo artista visual Pedro Maia, sediado em Berlim, num espetáculo de grande impacto em estreia a sul). Junta-se também a este programa a contagiante dupla Frankie Chavez & Peixe com o projeto “Miramar”, dia 20, às 19:00 horas, considerado pela revista Blitz o terceiro melhor disco nacional de 2019.
O Festival traz outras surpresas, como algumas referências mundiais. É o caso de Victor Gama, dia 19, às 19:30 horas, a abrir a programação do evento, ele que tem trabalhado um pouco por todo o mundo e é reconhecido internacionalmente no campo da investigação e experimentação sonoras.
A proposta chama-se “Vela 6911” e aborda as temáticas nuclear e ecológica. O Som Riscado vai proporcionar assim um encontro inédito entre Victor Gama, acompanhado da harpista Salomé Pais Matos, e um ensemble da Orquestra Clássica do Sul dirigido pelo Maestro Rui Pinheiro num espetáculo multimédia que já foi apresentado nalgumas das principais salas a nível mundial.
Estão ainda previstas performances multidisciplinares integradas em instalações interativas, quer dirigidas à comunidade escolar quer ao público em geral e famílias, com a Sonoscopia (Porto) no Cineteatro e a Companhia de Música Teatral no Conventode Santo António.
A componente de encomenda volta a ser central, com a participação de vários artistas e estruturas de ensino sediados no Algarve: casos da dupla Camille Leon (Joana Gomes) e Inês Barracha que vão trabalhar com Surma; e dos alunos do curso de Imagem Animada da Escola Superior de Educação e Comunicação (ESEC) da Universidade do Algarve que vão colaborar com quatro bandas algarvias, designadamente 2143, Heroin Holiday Big Band, Kilavra e Mateus Verde, numa curadoria do Caribe Ibérico/Miguel Neto, em apresentações a acontecer às 16:00 horas dos dias 21 e 22, no Auditório do Solar, com entrada livre.
Dia 21, às 19:00 horas, espaço ainda para Boris Chimp 504 com “Vanishing Quasars”, numa performance multimédia ao vivo, bem como para a estreia de “Lugar Nenhum”, novo disco da Grafonola Voadora & Napoleão Mira, dia 20, às 20:30 horas, trabalho apoiado pelo Município de Loulé, ambos a acontecer no Cineteatro Louletano.
Está prevista ainda uma talk, no dia zero do festival, dia 18, às 18:30 horas, no Gato Maltês (Café Calcinha) moderada pelo reconhecido crítico Rui Miguel Abreu (Rimas e Batidas), que junta diversos artistas participantes na edição deste ano e que serve sobretudo como aperitivo para toda a programação performativa que se segue.
Os bilhetes para os concertos pagos (existem vários gratuitos) encontram-se à venda nas receções do Cineteatro e do Auditório do Solar da Música Nova, locais aderentes (Fnac, Worten, CTT e outros) e online em www.bol.pt .
Para mais informações e reservas, os interessados podem contactar o Cineteatro Louletano pelo telefone 289 414 604 (terça a sexta-feira, das 13:00 às 18:00 horas) ou pelo email [email protected] . A programação está disponível no Facebook e no website do Cineteatro Louletano, ambos em permanente atualização.
O acesso por parte do público a toda a programação prevista no festival está sujeito ao uso obrigatório de máscara e ao distanciamento social e lotação limitada previstos nas regras de higiene e segurança da DGS, tendo sido ainda alterados os horários dos espetáculos noturnos, no sentido de toda a programação terminar, no máximo, às 22:00 horas, inclusive ao fim de semana.