A circulação nas cidades tem vindo a tornar-se cada vez mais lenta e congestionada, especialmente nas horas de ponta. Entre faixas saturadas, autocarros a aproximar-se e filas constantes, muitos condutores desconhecem que uma alteração recente na lei pode fazer toda a diferença no tempo passado ao volante no trânsito. A mudança está em vigor desde março e afeta milhões de utilizadores da via pública, abrindo uma alternativa que até aqui estava restrita e dependia de autorizações municipais.
A novidade resulta da Lei n.º 24/2025, de 12 de março, que introduziu uma alteração significativa ao Código da Estrada e que, segundo o site Pplware, especializado em tecnologia, veio uniformizar uma regra que antes variava de concelho para concelho.
A questão central é simples: já é possível utilizar certas faixas reservadas, mas apenas se conduzir uma categoria muito específica de veículo. A lei foi aprovada com o argumento de melhorar a fluidez urbana e reduzir parte do congestionamento diário.
Motociclos podem circular nas faixas BUS
De acordo com o Pplware, com a entrada em vigor desta legislação passou a ser permitido que os motociclos circulem nas faixas BUS em todo o território nacional.
Até aqui, esta possibilidade era rara e apenas viabilizada por regulamentos locais que dependiam de pareceres da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária e do Instituto da Mobilidade e dos Transportes. A regra mudou e deixou de ser necessária qualquer autorização municipal adicional.
Segundo a mesma fonte, o objetivo principal desta alteração é criar condições mais seguras para quem se desloca diariamente sobre duas rodas.
As faixas BUS têm, por norma, um tráfego mais fluido e permitem evitar o ziguezague constante entre automóveis, sobretudo nas cidades com maior densidade de trânsito. A mudança pode, por isso, traduzir-se em ganhos de tempo consideráveis para os motociclistas que fazem percursos regulares.
Uma permissão alargada, mas com limites claros
A abertura destas vias não significa liberdade total. Explica o site que os autocarros continuam a ter prioridade absoluta, assim como os veículos afetos ao transporte público, incluindo táxis quando devidamente autorizados. O comportamento responsável dos motociclistas é essencial para garantir que esta alteração não compromete a segurança de quem circula.
Além disso, continuam a aplicar-se todas as regras do Código da Estrada quanto à velocidade, sinalização vertical e distância de segurança. As autoridades recordam que qualquer utilização abusiva destas faixas pode resultar em coimas e perda de pontos da carta, apesar da permissão atualmente concedida.
Mobilidade urbana em mudança
A alteração legislativa surge num contexto em que a mobilidade urbana está a ser repensada. De acordo com a publicação, a intenção é estimular o recurso a veículos mais leves, diminuir a dependência de automóveis em contexto urbano e melhorar o escoamento do trânsito nas zonas mais críticas.
Para os municípios, a uniformização da regra evita divergências entre cidades e facilita a comunicação das normas aos utilizadores.
Com esta mudança, a circulação diária de muitos condutores pode tornar-se mais rápida e previsível. Fica, no entanto, a exigência de cumprimento rigoroso das regras de prioridade e convivência entre veículos, para que esta solução traga os benefícios esperados.
















