Para aqueles que pretendem extrair o máximo desempenho dos seus veículos, o chip de potência surge como uma opção eletrónica para redefinir as capacidades dos motores automóveis. No entanto, é crucial compreender as nuances e as regras associadas a essa modificação.
Os automóveis são projetados pelos fabricantes com uma potência específica, mas muitos entusiastas procuram maximizar os seus motores por meio de sistemas eletrónicos, sendo o chip de potência uma solução popular para otimizar o desempenho, como nos conta o Ekonomista.
O que é um chip de potência?
Na prática, um chip de potência é um dispositivo eletrónico que possibilita a reprogramação do motor de um veículo, visando atingir a sua potência máxima. Este componente, instalado na unidade de controlo, conhecida como centralina, oferece diversas possibilidades para ajustar e aprimorar a resposta do motor.
Entretanto, é crucial garantir que o chip seja homologado antes da instalação, uma vez que a maioria dos automóveis conta com sistemas de segurança projetados para garantir que permaneçam dentro dos parâmetros estabelecidos em termos de velocidade, consumo e emissões poluentes.
Os dispositivos disponíveis no mercado oferecem um aumento de potência variando entre 5% e 20%, dependendo do tipo de motor do veículo, mas é vital estar ciente das implicações antes de prosseguir.
Como funciona?
O chip de potência é instalado na centralina do veículo, permitindo a modificação da programação do motor. Embora as centralinas modernas possibilitem a reprogramação diretamente, os chips ainda são utilizados em carros mais antigos. A instalação é rápida, geralmente levando de 10 a 15 minutos.
O método empregado resulta num aumento no consumo de ar e combustível pelo motor. Isso implica num aumento na pressão do turboalimentador para obter mais ar, levando ao aumento das rotações do motor. Contudo, esse processo pode sobrecarregar o motor a longo prazo, especialmente se não estiver preparado para lidar com essa pressão constante.
Métodos alternativos para aumentar a potência
Além dos chips de potência, há outros métodos para ampliar a potência do motor, cada um com as suas próprias considerações e custos associados.
Centralina Reprogramada: Consiste na instalação de uma nova unidade de controlo no veículo, permitindo uma nova programação para aumentar a potência. Apesar de ser mais fiável, ainda pode resultar em danos ao motor e geralmente é uma opção mais cara, variando entre 400 e 1.000 euros.
Centralina Intercalada: Esse sistema mais simples é composto por uma caixa interligada à unidade de controlo e ao sensor de temperatura do líquido de arrefecimento. Ele manipula os dados recebidos pela centralina, indicando uma temperatura mais baixa do motor do que a real, resultando em uma alteração nos tempos de injeção e no consumo de combustível.
Potenciais problemas com a instalação
Ao modificar eletronicamente a potência do motor, alguns problemas potenciais podem surgir. Além do aumento do consumo de combustível e problemas associados ao filtro de partículas, o uso de chips de potência pode afetar o volante do veículo, causando danos nas molas. Além disso, a transmissão e a embraiagem podem ser comprometidas devido à potência superior à projetada.
Embora os chips de potência possam oferecer benefícios em termos de desempenho, é essencial estar ciente dos riscos envolvidos antes de decidir pela instalação, avaliando cuidadosamente os impactos no veículo.
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