Um novo tipo de radar será instalado na cidade de Paris para fiscalizar a circulação em faixas reservadas a veículos partilhados, como táxis, transportes públicos e forças de segurança. Conhecidos como radares negros, estes dispositivos não controlam a velocidade, mas sim a utilização indevida destas vias exclusivas.
Este sistema, que já está em funcionamento em cidades francesas como Lyon e Rennes, representa um avanço tecnológico na regulação do tráfego urbano.
O objetivo é garantir que apenas veículos autorizados utilizem as faixas dedicadas, promovendo a fluidez do transporte público e reduzindo congestionamentos.
Como funcionam os radares negros?
Os radares negros utilizam tecnologia de Inteligência Artificial para monitorizar e analisar os veículos que circulam nas faixas exclusivas. O sistema é capaz de:
- Contar o número de passageiros no interior do automóvel;
- Identificar e ler matrículas para verificar se o veículo tem autorização para circular na faixa reservada;
- Distinguir seres humanos de manequins através de um sistema de infravermelhos;
- Operar mesmo em veículos com vidros escurecidos, utilizando um software avançado de análise de imagens do habitáculo.
A tecnologia foi desenvolvida pelas empresas Pryntec e Fareco, garantindo um nível de precisão elevado na fiscalização do trânsito.
Com este sistema, as autoridades pretendem reforçar o cumprimento das regras sem necessidade de fiscalização presencial.
Multas e penalizações
O não cumprimento das regras das faixas reservadas pode resultar em penalizações automáticas. Em França, a multa para condutores que utilizem indevidamente estas vias é de 135 euros, como explica o Notícias ao Minuto.
Com a implementação dos radares negros, espera-se uma maior eficácia na aplicação das sanções e um impacto positivo na mobilidade urbana.
A inovação introduzida pelos radares negros levanta questões sobre privacidade e uso de inteligência artificial na fiscalização de trânsito.
Contudo, as autoridades francesas garantem que o sistema está ajustado às normas de proteção de dados e destina-se exclusivamente ao controlo de tráfego.
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