Em países onde o uso da bicicleta é mais comum, como os Países Baixos, França, Reino Unido ou Bélgica, as infraestruturas rodoviárias incluem soluções para garantir a segurança dos ciclistas. Uma dessas soluções são as rotundas com ciclovias integradas, frequentemente chamadas de rotundas holandesas.
Embora mais comuns nestes países, Portugal já conta com algumas infraestruturas deste tipo, como a rotunda República da Argentina, no Parque das Nações, em Lisboa.
Funcionamento das rotundas holandesas
Estas rotundas operam de forma semelhante às rotundas convencionais, com a diferença de integrarem uma ciclovia ao seu redor. Para garantir a segurança dos ciclistas e peões, há regras específicas de circulação:
- Prioridade aos ciclistas: antes de entrar ou sair da rotunda, os condutores devem ceder passagem aos ciclistas que circulem na ciclovia periférica.
- Prioridade aos peões: além da ciclovia, estas rotundas também incluem passadeiras, onde os peões têm sempre prioridade sobre veículos motorizados e bicicletas.
- Circulação organizada: os condutores de automóveis devem reduzir a velocidade e estar atentos ao fluxo de ciclistas e peões antes de fazer qualquer manobra.
Objetivo e segurança
O principal propósito das rotundas holandesas é a prevenção de acidentes envolvendo ciclistas, reduzindo os riscos nas intersecções, como explica o Notícias ao Minuto.
Estudos demonstram que este tipo de infraestrutura contribui para uma diminuição significativa dos sinistros rodoviários, tornando a circulação mais segura e fluida para todos os utilizadores da via pública.
Em Portugal, a adaptação a este modelo de rotunda ainda está em fase inicial, mas a sua implementação representa um avanço na promoção da mobilidade sustentável e na proteção dos utilizadores mais vulneráveis da estrada.
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