Milhares de portugueses vão deixar de pagar portagens nas autoestradas conhecidas como ex-SCUT, localizadas maioritariamente no interior do país ou fora das áreas metropolitanas. Esta decisão representa uma significativa poupança para os orçamentos familiares em tempos de incerteza económica, além de permitir a redução do tráfego no centro de aldeias, vilas e cidades, que anteriormente era feito pelas estradas nacionais, escreve a 24 Sapo.
As ex-SCUT, ou autoestradas sem custos para o utilizador, foram inicialmente concebidas para promover a mobilidade em regiões menos desenvolvidas e incentivar o desenvolvimento económico dessas áreas. No entanto, a crise financeira de 2010 levou à implementação de portagens nas ex-SCUT, transformando estas vias em autoestradas pagas, o que gerou considerável controvérsia e protestos entre os utilizadores.
Esta medida, aprovada pela Assembleia da República, abrange várias autoestradas, incluindo:
- A4 – Transmontana e Túnel do Marão;
- A13 e A13-1 – Pinhal Interior;
- A22 – Algarve;
- A23 – Beira Interior;
- A24 – Interior Norte;
- A25 – Beiras Litoral e Alta;
- A28 – Minho, nos troços entre Esposende e Antas e entre Neiva e Darque.
O projeto dos socialistas, aprovado pela Comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação, elimina estas portagens, tendo sido votado favoravelmente pelos partidos proponentes, Chega, BE, PCP, Livre e PAN, com a abstenção da IL e o voto contra do PSD e CDS-PP.
Em maio, o parlamento já havia aprovado na generalidade o projeto de lei do PS para eliminar as portagens nas ex-SCUT. Esta medida, segundo os socialistas, tem um impacto orçamental de 157 milhões de euros, mas promete trazer mais segurança, economia de tempo e menos desgaste para as viaturas, beneficiando assim os utentes destas vias.
A eliminação das portagens nestas autoestradas promete não só aliviar a pressão financeira sobre os utilizadores, mas também melhorar a qualidade de vida nas comunidades afetadas.
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