Abastecer o carro é um gesto rotineiro e aparentemente simples, mas nem sempre corre como se espera. Pequenas falhas técnicas ou erros no processo podem ter consequências inesperadas para centenas de condutores. Foi precisamente o que aconteceu recentemente numa localidade da província de Valência, em Espanha, onde um episódio insólito num posto de combustível gerou polémica e causou prejuízos consideráveis a muitos automobilistas.
Um “erro técnico” com consequências pesadas
O caso ocorreu num posto da marca Ballenoil e gerou grande polémica em Espanha, com destaque em vários meios de comunicação, incluindo o jornal ‘20 Minutos‘. A empresa já reconheceu a falha e pediu desculpas publicamente, explicando que tudo se deveu a um erro técnico.
Segundo o comunicado da Ballenoil, houve uma fuga externa de água que contaminou o depósito de gasolina 95. Esta situação acabou por afetar diversos clientes que, sem qualquer suspeita, abasteceram os seus automóveis com combustível adulterado.
Reparações que podem sair caras
A água misturada com gasolina é extremamente prejudicial ao funcionamento dos automóveis. Por ser mais densa, a água acumula-se no fundo do depósito e pode atingir componentes essenciais como o motor, provocando avarias graves.
Segundo a fonte acima citada, alguns dos condutores afetados já enfrentam contas de reparação que rondam os 600€, e em certos casos o valor poderá ser ainda superior, dependendo da extensão dos danos causados.
Empresa promete reforçar medidas de segurança
Segundo a Executive Digest, a Ballenoil assegura que, assim que o problema foi identificado, interrompeu de imediato a venda de gasolina no posto afetado e deu início à recolha do combustível. Foram também aplicadas medidas corretivas para evitar novas ocorrências.
No mesmo comunicado, a empresa referiu estar a colaborar com as autoridades competentes e anunciou que irá reforçar os protocolos técnicos de controlo e segurança para garantir que uma situação semelhante não se volta a repetir.
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Como saber se o combustível tem água?
Apesar de os postos de abastecimento estarem equipados com medidores que detetam a presença de água nos tanques, os condutores não têm forma imediata de identificar se o combustível está contaminado. Os primeiros sinais só costumam surgir após o reabastecimento.
É importante estar atento ao comportamento do veículo logo após sair do posto. Dificuldade em pegar, falhas ao acelerar ou perda de potência durante a condução são alguns dos indícios de que o combustível pode estar adulterado.
Teste simples pode evitar maiores prejuízos
Um método eficaz, embora menos prático, consiste em retirar uma pequena amostra da gasolina do depósito e deixá-la repousar durante alguns minutos num recipiente transparente. Se houver água, esta irá acumular-se no fundo, já que possui maior densidade.
Este teste pode ser especialmente útil em situações de dúvida, pois permite confirmar a presença de água antes que o problema afete seriamente o motor ou outras partes do automóvel.
Cuidados redobrados na hora de abastecer
Este caso serve de alerta para todos os condutores. Embora situações como esta sejam raras, os seus efeitos podem ser bastante onerosos. Por isso, é fundamental abastecer apenas em postos de confiança e estar atento a qualquer comportamento anormal do veículo após o reabastecimento.
A experiência em Alaquàs mostra que nem sempre é possível prevenir, mas conhecer os sinais de alerta pode ajudar a evitar avarias mais graves. Para os lesados, resta agora aguardar pelos desenvolvimentos legais e pelas compensações que possam vir a ser atribuídas.
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