Todos sabemos que o preço dos combustíveis tem um peso considerável no orçamento, o que faz com que muitos condutores adotem técnicas para tentar poupar no consumo. No entanto, nem todas as ideias que circulam sobre condução económica são verdadeiras. Na tentativa de cortar despesas, é fácil acreditar em certos mitos que, na prática, podem não ser tão eficazes quanto se pensa.
Conheça quatro dos mitos mais frequentes sobre condução económica partilhados pelo Pplware e descubra o que é, ou não, verdade.
1. O estado dos pneus não influencia o consumo de combustível
Há quem acredite que os pneus desgastados não têm impacto no consumo de combustível, mas essa ideia está longe de ser verdadeira. Os pneus são dos componentes mais importantes para a segurança do veículo e o seu estado influencia diretamente o desempenho do carro, incluindo o consumo.
Conduzir com pneus desgastados aumenta a resistência ao rolamento, obrigando o motor a trabalhar mais para deslocar o veículo. Além disso, pneus com baixa pressão aumentam ainda mais o consumo. Trocar os pneus no momento certo é crucial para garantir tanto a segurança como a eficiência do veículo. Verifique sempre o desgaste da banda de rodagem (Tread Wear Indicator – TWI) e mantenha-os nas condições ideais .
2. Andar com as janelas abertas é mais económico do que ligar o ar condicionado
Este é um dos mitos mais populares. A lógica parece simples: se o ar condicionado consome energia, então abrir as janelas deve ser a opção mais económica, certo? Não exatamente. Quando circulamos com as janelas abertas, especialmente a velocidades mais elevadas, o ar que entra no carro cria resistência aerodinâmica, obrigando o motor a trabalhar mais para manter a velocidade.
A verdade é que, a partir dos 80 km/h, é mais eficiente usar o ar condicionado do que conduzir com as janelas abertas. Se o seu carro estiver equipado com um sistema de ar condicionado digital, este ajusta automaticamente a refrigeração, otimizando o consumo de combustível .
3. Conduzir em ponto morto poupa combustível
Desengatar o carro em descidas é uma prática bastante comum entre alguns condutores que acreditam estar a poupar combustível. No entanto, além de perigoso, esta ideia está desatualizada. Em termos de segurança, conduzir em ponto morto é arriscado, pois o carro perde a capacidade de travagem através do motor, ficando dependente apenas dos travões.
Além disso, os carros modernos estão equipados com sistemas de injeção de combustível que, ao circular com uma mudança engrenada, cortam automaticamente o fornecimento de combustível em situações de descida. Por outro lado, em ponto morto, o motor continua a consumir combustível, mesmo que em pequenas quantidades .
4. Abastecer após o “clique” é uma boa prática
Quantos de nós não continuaram a encher o depósito após ouvir o característico “clique” na bomba de combustível? Muitos acreditam que, desta forma, conseguem aproveitar ao máximo a capacidade do depósito. No entanto, este hábito pode ser prejudicial, tanto para o veículo como para o ambiente.
O “clique” é um mecanismo de segurança que indica que o depósito está cheio. Continuar a encher pode levar ao transbordo de combustível para o sistema de ventilação do depósito, causando danos no filtro de carvão ativado e aumentando as emissões de gases. Para além disso, o combustível extra pode evaporar ou derramar, tornando este gesto contraproducente .
Estes são apenas alguns dos mitos que circulam sobre condução económica. Se conhece outros, partilhe connosco e ajude a desmistificar ideias erradas.