Os prémios foram atribuídos pela Agência Nacional Erasmus+, que gere o Corpo Europeu de Solidariedade (CES) em Portugal, em ato realizado hoje na Alfândega do Porto enquadrado nas comemorações do Dia Internacional do Voluntariado.
Uma das galardoadas, disse o director da Erasmus+, Luís Alves, foi a ProAtlântico, que surgiu em 2001 no concelho de Oeiras, no distrito de Lisboa, para trabalhar em rede com parceiros regionais na identificação e solução de problemas sociais existentes e desenvolver atividades com os jovens.
O seu projecto classificado como “inspirador” envolve Portugal, Áustria, Roménia, França, Espanha, Itália e Grécia, desenvolvendo-se desde 02 de agosto de 2020 e tem termo previsto para 01 de julho de 2023.
Passa pelo acolhimento de seis voluntários na Associação QE – Uma Nova Linguagem para a Incapacidade, Associação de Paralisia Cerebral de Lisboa, Casa Pia de Lisboa, Associação a Casa de Betânia e Crinabel, onde desenvolvem atividades promotoras de inclusão e solidariedade.
Os objetivos são, entre outros, “dar oportunidades a crianças portadoras de deficiência de interagirem com jovens de países e culturas diferentes, promovendo a equidade e inclusão”, segundo os promotores.
As outras distinguidas foram a associação juvenil Psientífica, que tenta contribuir a partir de Águeda (Aveiro) para a consolidação de alternativas de desenvolvimento sustentáveis, mais justas, mais equitativas, mais participativas e mais inclusivas, bem como a Agoraveiro, lançada em Aveiro, em 2010, e que junta esforços e competências de jovens para mudar a comunidade e o mundo.
O projecto da Psientífica a que a Erasmus+ atribuiu o rótulo de “inspirador” destina-se a criar oportunidades de emprego a jovens “facilitando a transição para o mercado de trabalho”.
“Acreditamos que o nosso papel é batalhar na resolução do problema social dos jovens em situação e risco de exclusão social que ainda se mantém. O problema assume consequências distintas sendo uma das mais prementes a consequência direta no défice de competências profissionais, pessoais e sociais, que limita a integração no mercado de trabalho de forma consciente e adaptável”, defende a associação juvenil de Águeda.
“Inspirador” é igualmente, na avaliação da Erasmus+, o projecto “Amo Aveiro – Histórias de Super-Heróis Solidários”, lançado por promover a solidariedade contando histórias dos “super-heróis da comunidade” de Aveiro (médica de família, psicóloga, professora, chefe dos bombeiros auxiliar de trabalho com imigrantes, policia e enfermeira) que se revelam “exemplos extraordinários” de dedicação aos outros.
Os prémios foram atribuídos pela Agência Nacional Erasmus+, que gere o CES em Portugal.
COOPERATIVA CONTEXTOS DE FARO DISTINGUE-SE COM “BOAS PRÁTICAS”
Na categoria de “boas práticas”, a Erasmus+ distinguiu três outras instituições envolvidas em projectos do CES: a Contextos, uma cooperativa de Faro vocacionada para promover o desenvolvimento territorial com vista à melhoria a qualidade de vida da população nas suas vertentes, humana, social, cultural e ambiental; a Associação Juvenil de Deão, que trabalha essencialmente com jovens e crianças provenientes de zonas rurais de Viana do Castelo, com índices de exclusão social e com poucas respostas institucionais; e a Pasec, uma plataforma de animadores socioeducativos e culturais, de Vila Nova de Famalicão, distrito de Braga.
O CES é uma iniciativa da União Europeia dirigida aos jovens, dando-lhes a oportunidade de realizar projetos de voluntariado, no próprio país ou no estrangeiro, em benefício de pessoas e comunidades de toda a Europa, apoiado nas grandes prioridades políticas da União em vertentes como a inclusão e a diversidade, o incentivo a comportamentos ambientalmente sustentáveis e responsáveis apoio à literacia digital e o fomento da participação cívica dos cidadãos.
Em resposta a um inquérito realizado em novembro pela Agência Nacional Erasmus+, que gere o CES em Portugal, 93% dos cerca de 200 jovens participantes disseram que a experiência lhes deu “competências fundamentais para o seu futuro” e 73% afirmou que o seu envolvimento nos programas de voluntariado “foi fundamental para se prepararem para o mercado de trabalho”.