O Governo ucraniano diz que a Rússia está a ignorar todas as propostas para evacuar a fábrica de Azovstal onde estão escondidas mais de três mil pessoas, entre civis e militares.
Este sábado, as agências oficiais russas de notícias Tass e Ria Novosti anunciaram a retirada de 25 civis da fábrica, incluindo seis crianças com menos de 14 anos.
A informação da retirada de pelo menos “vinte civis” de Azovstal foi corroborada pelo vice-comandante do batalhão Azov, Svyatoslav Palamar, numa mensagem vídeo na rede Telegram.
“Vinte civis, mulheres e crianças […] foram transferidos para um local acordado e esperamos que sejam retirados para Zaporijia, no território controlado pela Ucrânia”, disse o militar.
Sobre os que continuam no interior da fábrica, o autarca de Mariupol diz que estão a ficar sem mantimentos e que não devem conseguir resistir muito mais tempo. Há falta de comida, água e equipamento médico.
Vídeos gravados pelo Batalhão Azov, os militares com ligações neonazis que tentam lutar por Mariupol, mostram as condições em que os milhares de civis estão a sobreviver dentro da fábrica.
O complexo industrial onde estão encurralados continua a ser bombardeado, o que tem impedido a saída segura dos civis. Kiev acusa a Rússia de não responder às propostas para corredores humanitários na fábrica.
O Presidente ucraniano diz que Mariupol está transformada num campo de concentração.
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