
A Versus Tuna – Tuna Académica da Universidade do Algarve – vai rumar a todas as residências femininas da Universidade do Algarve, na próxima quinta-feira, entre as 19:30 e as 22:00 horas.
O ponto de encontro é o Campus de Gambelas, de onde sairá a tuna em direção às residências femininas da cidade de Faro.
“O objetivo é tentar conquistar os corações das donzelas que lá residam, prometendo uma noite cheia de amor, música e continuidade de uma daquelas que é das primeiras tradições académicas da nossa academia”, afirma a Versus Tuna.
O evento marca 28 anos desde a primeira aparição daquela que é a tuna mais antiga de cidade de Faro e a única tuna masculina da mesma.
“Foi na noite de 28 de Novembro de 1991 quando, reza a lenda, tudo começou. A vontade de se declararem às donzelas era maior que tudo. Ainda sem o traje académico da Universidade do Algarve, que caracteriza toda a nossa academia, um grupo de estudantes presentou todas as donzelas que residiam na Residência Feminina do Campus da Penha, com uma serenata. Foi assim que a Versus Tuna – Tuna Académica da Universidade do Algarve, teve a sua primeira aparição, em jeito de ensaio, numa serenata para todas as donzelas que ali estavam presentes”, complementa a Versus Tuna.
Hoje, 28 anos depois, há muito mais caminho para percorrer.
Filipe Pinto, Magister Tvnae, explicou ao POSTAL que “o objetivo desta iniciativa é continuar a divulgar a tradição académica e a cultura tuneril que, ao longo dos anos, tem vindo a perder-se, muito devido ao desinteresse das pessoas e à falta de apoios das entidades”.
Filipe Pinto lamenta “os poucos apoios que são dados à tuna”, referindo que “nós só conseguimos subsistir através das arruadas que realizamos no mercado de Olhão e Faro” e também devido a “algumas atuações pagas que nos são destinadas por entidades externas”.
O responsável salientou ainda que “vamos vivendo com o que temos, vamos aguentando com os meios de que dispomos e tentamos subsistir”.
Filipe Pinto afirma que “tentamos manter as tradições que não vão tendo o alcance que nós temos, pois existem condicionantes externas que acabam por dificultar o nosso trabalho”.
“Gostávamos muito que eventos deste género se repetissem com mais frequência e que abrangessem toda a cidade de Faro. Nós lutamos para manter a tradição viva e isso é muito importante”, conclui.
(Stefanie Palma / Cristina Mendonça)