Um recente estudo conduzido por investigadores da Stanford Medicine e da Universidade de Toronto revelou uma potencial inovação no campo da prevenção de condução sob influência de álcool. A pesquisa sugere que os sensores e microfones presentes no seu smartphone podem ser utilizados para determinar o nível de embriaguez de um utilizador, uma descoberta que poderia ter implicações significativas na segurança rodoviária.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 3 milhões de mortes em todo o mundo são atribuídas ao abuso de álcool anualmente, representando 5,3% de todas as mortes. Em resposta a este problema global, cientistas exploraram a viabilidade de utilizar padrões vocais para avaliar a intoxicação alcoólica, com resultados impressionantes.
O estudo envolveu 18 participantes com 21 anos ou mais, submetidos a uma dosagem de álcool com base no peso. Os participantes foram instruídos a recitar trava línguas antes e após consumirem álcool, enquanto gravavam as suas vozes a uma distância de um metro e meio num smartphone. As alterações nos padrões vocais permitiram prever com 98% de precisão a intoxicação alcoólica.
O investigador principal, Brian Suffoletto, destacou a surpreendente precisão do modelo, atribuindo-a aos avanços em processamento de sinal, análise acústica e aprendizagem automática. O objetivo final é desenvolver intervenções oportunas para prevenir acidentes relacionados com a intoxicação alcoólica.
Suffoletto enfatizou a importância de ferramentas de intervenção simples e acessíveis. Com a disseminação generalizada de smartphones, estes dispositivos poderiam alertar os utilizadores sobre a incapacidade de conduzir devido à embriaguez, potencialmente evitando acidentes e salvando vidas.
O estudo, publicado no Journal of Studies on Alcohol and Drugs, destaca a possibilidade de criar um sistema discreto capaz de monitorizar os padrões diários dos utilizadores e identificar mudanças que indicam consumo de álcool, oferecendo ajuda quando necessário.
Esta descoberta promissora destaca o potencial dos dispositivos móveis não apenas como ferramentas de comunicação, mas também como aliados na promoção da segurança e prevenção de comportamentos de risco, especialmente relacionados ao consumo de álcool e condução.
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