Um terço dos soldados russos pertencentes à 155ª Brigada de Fuzileiros Navais da Frota do Pacífico — regimento que ocupou e subjugou a cidade ucraniana de Bucha durante semanas — já tinham combatido na Síria, apoiando as forças leais ao ditador Bashar al-Assad. A informação é avançada pelo jornal independente ucraniano “The New Voice of Ukraine”.
Jornalistas do Slidstvo.Info consultaram registos do Ministério da Defesa da Ucrânia referentes à 155ª Brigada de Fuzileiros Navais da Frota do Pacífico e descobriram que pelo menos 24 desses militares russos já tinham sido mobilizados para a Síria.
Os restantes elementos da brigada, com sede em Vladivostok, são aparentemente bastante jovens para já terem participado em missões militares na Síria, uma vez que muitos deles nasceram entre 1998 e 2022.
De acordo com os serviços de inteligência de Kiev, esta unidade militar russa ocupou os subúrbios de Bucha, Irpin e Gostomel, de onde chegam imagens de civis brutalmente assassinados
O “The New Voice of Ukraine” escreve que estes fuzileiros russos de 20 e poucos anos estão a exibir os seus alegados crimes de guerra em Bucha nas redes sociais, onde deixam a ameaça de que vão regressar e repetir os mesmos atos.
Os últimos relatórios divulgados pelo governo ucraniano indicam que os invasores russos mataram pelo menos 340 civis durante a ocupação de Bucha.
De acordo com a procuradora-geral da Ucrânia, Iryna Venediktova, os corpos de pelo menos 410 civis, assassinados por tropas russas, foram encontrados em cidades e aldeias na região de Kiev.