Os funcionários da central nuclear de Chernobyl trabalharam 600 horas, quase sem descansar, para garantir a segurança da estação onde há quase 36 anos se deu o pior desastre nuclear de sempre.
Os funcionários da central nuclear de Chernobyl trabalharam 600 horas, quase sem descansar, para garantir a segurança da estação onde há quase 36 anos se deu o pior desastre nuclear de sempre. 0 seconds of 2 minutes, 32 secondsVolume 100%
Foram rendidos por outros colegas, há poucos dias, depois da saída das tropas russas, mas antes partilharam as dificuldades que sentiram ao trabalharem sob pressão dos soldados de Moscovo.
O reator número quatro da central nuclear de Chernobyl tem que estar constantemente a ser monitorizado. É onde está 98% da radioatividade provocada pelo acidente de 1986.
Normalmente, os turnos são de 12 horas, mas durante a ocupação russa, os funcionários – apanhados pela invasão – tiveram que abdicar de muitas horas de sono para garantir a segurança da central.
As forças russas ocuparam Chernobyl logo no início da invasão. Terão abandonado a localidade no final do mês de março. Enquanto lá estiveram, danificaram os escritórios locais e destruíram documentos do arquivo da central.
Acabaram por sair, em direção à Bielorrússia. Os ucranianos dizem que a retirada foi feita antes do que estava planeado, por causa dos efeitos que os russos começaram a sofrer com a radiação.
Pelo menos um soldado terá morrido no local e os meios de comunicação social da Ucrânia relatam que grupos de combatentes russos têm chegado ao centro de Medicina de Radiação da Bielorrússia para tratamento.
Ao abandonarem a Ucrânia, os russos terão raptado alguns dos funcionários de Chernobyl, membros da Guarda Nacional ucraniana.
A informação foi avançada pela Energoatom. Uma semana depois, a empresa responsável pela manutenção das centrais nucleares do país diz que o paradeiro destas pessoas continua desconhecido.
- VÍDEO: SIC Notícias, televisão parceira do POSTAL