Um novo hotel rural de quatro estrelas vai ser construído num espaço anteriormente ocupado por uma exploração suinícola.
Segundo o POSTAL apurou, o investimento deverá ser superior a dois milhões de euros e localiza-se na Estrada da Garganta, Rio Seco em Faro, em pleno Parque Natural da Ria Formosa.
O licenciamento foi requerido por Maria Susete dos Santos e Natália M. dos Santos, ambas com morada na Torre de Natal em Faro.
O terreno, com boa exposição solar, tem uma área total de 46.146 metros quadrados, ficando situado a nascente da cidade de Faro e a norte da linha férrea na confinando a nascente com a estrada da Garganta e a poente com a ribeira das Lavadeiras.
O novo hotel rural intitulado “Flor de Sal” será composto por três edifícios e irá dispor de 40 unidades de alojamento (11 suites e 29 quartos) com a possibilidade de ocupação máxima de 153 utentes, usando todas as camas.
Todos os 29 quartos duplos terão as acessibilidades garantidas e pelo menos uma suite terá uma pequena rampa para que permite o acesso em cadeira de rodas.
O hotel contará com um restaurante e respetiva área suplementar com capacidade para 108 lugares sentados, uma sala polivalente para 150 utentes, uma sala de estar (40 lugares) e uma esplanada exterior (48 lugares), além de outros equipamentos.
O estacionamento terá capacidade para 64 lugares, dos quais 53 para os utentes e 11 para uso privado.
Em fase de consulta pública
O relatório de conformidade ambiental do projeto de execução encontra-se em fase de consulta pública até ao dia 30 do corrente mês, por parte da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve.
Segundo consta do documento em fase de consulta pública, para recuperação e manutenção da flora existente, serão plantadas espécies autóctones.
As lagoas de tratamento de efluentes da suinicultura serão reaproveitadas para lagos de lazer e piscina biológica.
O relatório de conformidade ambiental refere que “a intervenção proposta conduzirá a uma indubitável melhoria significativa dos níveis de qualidade ambiental da área a intervir e da sua envolvente, designadamente através da requalificação paisagística dos espaços e da eliminação da emissão de odores e das pressões dos efluentes da atividade suinícola sobre o meio hídrico, que afetam as condições de salubridade local”.