A plataforma que o SEF criou para os refugiados da guerra da Ucrânia não exige fotocópias, apenas a digitalização de um de três documentos de viagem: passaporte, salvo conduto ou autorização de residência.
Também não são feitas qualquer tipo de perguntas sobre familiares que ficaram na Ucrânia, procedimentos que eram feitos em instalações do município de Setúbal por uma associação liderada por Igor Khashin, um russo considerado pró-Kremlin.
O SEF clarificou que não tem nenhum inquérito a decorrer no caso das perguntas feitas a cidadãos ucranianos em Setúbal. Apenas decidiu suspender a colaboração com a associação do russo com quem já trabalhou uma vez.
O QUE ESTÁ EM CAUSA?
De acordo com o Expresso, Igor Khashin, líder da Associação dos Emigrantes de Leste (Edintsvo), subsidiada desde 2005 até março passado pela Câmara de Setúbal, e a mulher terão, alegadamente, fotocopiado documentos de identificação dos refugiados ucranianos, no âmbito da Linha de Apoio aos Refugiados da Câmara Municipal de Setúbal.
Igor Khashin é um dirigente associativo com dupla nacionalidade, que se apresenta como “gestor de projetos”, e que as associações a que terá estado ligado estavam nos sites da Ruskyi Mir e da Rossotrudnichestvo, instituições estatais criadas pelo Kremlin.
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