O futuro do TikTok nos Estados Unidos será decidido em breve, com o Supremo Tribunal a analisar uma lei que exige que a aplicação rompa os seus laços com a ByteDance, a empresa-mãe sediada na China. Caso contrário, esta rede social será proibida por completo no país a partir de 19 de janeiro de 2025, diz o HuffPost.
O governo americano justifica a medida com preocupações de segurança nacional, argumentando que os dados dos utilizadores podem ser expostos a entidades chinesas. Por outro lado, o TikTok defende que a lei viola a Primeira Emenda, comprometendo a liberdade de expressão e prejudicando milhões de utilizadores e criadores.
Impacto direto nos criadores
Se o governo vencer o caso, o TikTok planeia encerrar as operações nos Estados Unidos. Este cenário deixa milhares de criadores de conteúdo a pensar no futuro. Muitos dependem exclusivamente da aplicação para os seus rendimentos, tendo abandonado empregos tradicionais para se dedicarem à criação de conteúdos.
Gillian Johnson, uma jovem cineasta, utiliza os rendimentos do TikTok para financiar os seus projetos artísticos. “A ideia de perder o TikTok é difícil de aceitar”, afirmou, acrescentando que a plataforma desempenha um papel essencial na sua carreira. Da mesma forma, Brandon Hurst, que vende plantas online, viu o seu negócio duplicar após aderir ao TikTok. Este empreendedor emprega agora cinco pessoas graças ao sucesso da sua loja na plataforma.
Alternativas e estratégias
Apesar da incerteza, muitos criadores já estão a explorar alternativas. Plataformas como Instagram e YouTube são vistas como os principais destinos para quem procura diversificar a sua presença online. Além disso, especialistas aconselham os criadores a descarregarem os seus conteúdos e a criarem portfólios pessoais para manterem as suas audiências noutros espaços digitais.
O TikTok, que conta com 170 milhões de utilizadores mensais nos Estados Unidos, desempenha um papel crucial na economia dos criadores, estimada em 480 mil milhões de dólares até 2027. No entanto, o impacto único do seu algoritmo e as oportunidades proporcionadas a criadores de comunidades marginalizadas destacam a importância da plataforma no cenário digital global.
Até à decisão do Supremo Tribunal, os criadores continuam a operar na rede social, mas a incerteza se a mesma será proibida mantém-se. O futuro da aplicação nos Estados Unidos pode redefinir o panorama das redes sociais e o destino de milhares de profissionais que dela dependem.
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