
Um problema com os painéis solares deixou, em dezembro do ano passado, o quartel da GNR de Tavira, sem água quente nas torneiras, avança o Expresso.
De então para cá, a situação mantém-se e os militares que queiram tomar banho no quartel — que tem um efetivo de cerca de 100 guardas, alguns originários de outras zonas do país e por isso alojados nas instalações — têm de o fazer com água fria.
“Inicialmente, a água vinha morna, depois passou a ser mesmo só fria. No verão não houve grandes problemas, mas nesta altura, com as temperaturas mais baixas, é muito complicado”, refere ao Expresso um GNR que presta serviço em Tavira.
“Não são só os militares que dormem no quartel, porque temos um ginásio e quando o usamos, depois, para nos lavarmos, tem de ser com água fria. Não é fácil, e isto já se arrasta há mais de um ano, sem que o problema seja resolvido”, lamenta.
A reparação foi entretanto contratada mas, “depois de realizada, verificou-se que não estava bem feita”, diz fonte oficial do Comando Distrital de Faro da GNR. “O empreiteiro foi obrigado a corrigir o trabalho mas voltou a não ficar bem”, acrescenta.
Já na última semana, “foi realizada uma nova intervenção e parte do quartel já tem água quente, o resto das instalações, agora, provavelmente, só no próximo ano, com o novo orçamento”, admite a mesma fonte, sem querer avançar com uma data para a resolução do problema.
Segundo o Expresso apurou, esta reparação mais recente apenas permitiu que a água quente chegasse ao balneário junto ao ginásio. E, “como a caldeira tem pouca capacidade, se quatro ou cinco pessoas tomarem banho ao mesmo tempo, rapidamente acaba a água quente”, explica um militar também a prestar serviço em Tavira.
Além disso, as casas de banho dos quartos que servem de alojamento para os GNR de outras zonas do país continuam a ter apenas água fria nas torneiras.
A maioria destes guardas já optou por arrendar um quarto — com o inevitável aumento da despesa mensal —, mas há ainda alguns que se mantêm a viver no quartel.