
Tavira é um dos concelhos que integra a lista dos que estão em risco elevado, assim como Albufeira, Faro, Lagos, Portimão, São Brás de Alportel, Vila do Bispo e Vila Real de Santo António, conforme anunciou ontem o primeiro-ministro António Costa.
Mas, foi com “surpresa e indignação que a autarquia recebeu esta informação, uma vez que veio contrariar os números que nos têm sido comunicados pelas autoridades de saúde local e regional (que são coincidentes) e que apontam que, no período considerado pelo Governo (entre 28/10 e 10/11), o concelho de Tavira tem um acumulado de 54 novos casos e, consequentemente, com 220 casos por 100.000 habitantes. Estaria, assim, abaixo do valor para ser considerado na lista atrás referida”, segundo a publicação no Facebook do Município assinada por Ana Paula Martins, presidente da Câmara de Tavira”.
“Não sabemos com base em que dados, pois não estão em concordância com os das autoridades de saúde local e regional, a DGS atribui, no período em questão, 60 novos casos a Tavira”, afirma, acrescentando que “nunca foi, nem será, intenção do município esconder ou alterar os dados que nos são fornecidos pelas entidades que referimos, e nas quais depositamos toda a confiança”.
“Por considerarmos uma injustiça e sentirmos que temos o direito de ser esclarecidos, para podermos esclarecer a população tavirense, enviarei, amanhã, comunicações para Gabinete da Ministra da Saúde e para a DGS a questionar e solicitar esclarecimentos”, afirma a autarca tavirense.
“Temos consciência do quanto estas limitações nos afetarão a todos e, em especial, as repercussões que terão no setor económico e social do nosso concelho. Queremos manifestar a nossa solidariedade aos mais afetados e informar que o Município continua a trabalhar no sentido de encontrar formas de apoio aos empresários e às famílias, dentro daquelas que são as suas competências”, pode ler-se na publicação.
Não obstante o anteriormente exposto, a presidente da Câmara de Tavira considera que é seu “dever apelar ao estrito cumprimento daquelas que são as nossas obrigações enquanto cidadãos responsáveis, às quais se juntam, agora, as que decorrem do facto de integrarmos esta lista, nomeadamente o recolher obrigatório e o encerramento dos estabelecimentos nos horários definidos”.
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