A Polícia Judiciária (PJ) deteve três cidadãos espanhóis residentes no Algarve, acusados de burla qualificada e branqueamento de capitais num valor superior a dois milhões e meio de euros. A operação, designada ‘Phantom’, foi conduzida pela Europol em colaboração com as autoridades espanholas Mossos d’Esquadra e Cuerpo Nacional de Policia, conforme comunicado enviado pela PJ às redações.
Segundo a PJ, os detidos utilizavam esquemas de engenharia social para se fazerem passar por funcionários bancários, manipulando dezenas de vítimas através de chamadas telefónicas efetuadas a partir de Portugal. Estas vítimas eram levadas a realizar transferências de grandes quantias de dinheiro e outros bens para Portugal.
O comunicado da PJ, citado pelo Notícias ao Minuto, revela que, no âmbito desta operação, as autoridades portuguesas realizaram 13 buscas domiciliárias e constituíram 14 pessoas como arguidas. “Em causa está a investigação de um grupo alargado de pessoas suspeitas de cometer crimes de branqueamento de capitais em Portugal, com origem em crimes de burla qualificada, cujo modus operandi passava por esquemas elaborados de engenharia social”, lê-se no comunicado.
Os detidos, espanhóis, com idades entre os 25 e 31 anos, foram presentes a tribunal e aguardam extradição em prisão preventiva. A PJ detalha que os criminosos branqueavam os proventos da atividade criminosa através de ‘money mules’, que angariavam especificamente para esse fim. Durante a operação, foram apreendidos computadores, telemóveis, cartões SIM e produtos estupefacientes.
No total, a operação ‘Phantom’ resultou na detenção de 54 pessoas em toda a Península Ibérica e na execução de 19 mandados de busca. A Europol coordenou a operação, que contou com a participação de diversas forças de segurança, demonstrando uma forte cooperação transnacional no combate ao crime organizado.
Este caso sublinha a crescente sofisticação dos métodos utilizados pelos criminosos e a importância da colaboração entre as forças policiais de diferentes países para efetivamente combater redes internacionais de crime financeiro.
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