A nova estação salva-vidas de Olhão vai permitir tornar mais rápido o socorro prestado na ria Formosa, onde vivem e trabalham centenas de pescadores e acorrem, no verão, milhares de turistas, disse hoje um responsável da Autoridade Marítima.
Os tripulantes da estação, inaugurada esta quarta-feira, serão responsáveis pelas operações de busca e salvamento na costa interior da ria Formosa, desde a ribeira de Quarteira até à barra da Fuseta, e de transporte médico de doentes e feridos das ilhas-barreira.
O director do Instituto de Socorros a Náufragos (ISN), Paulo Sousa Costa, disse aos jornalistas que a nova estrutura, criada ao abrigo da revisão do dispositivo de estações salva-vidas, permitirá aos tripulantes estarem mais perto das embarcações, tornando o socorro prestado mais rápido e eficaz.
A estação, que terá quatro tripulantes e três embarcações, ficará completa com a construção, prevista para arrancar no próximo ano, de um novo cais, o que fará com que o tempo de resposta seja “muito mais rápido”, pois haverá dois homens em permanência, acrescentou o responsável.
Na cerimónia de inauguração esteve também o secretário de Estado da Defesa Nacional, Marcos Perestrello, que sublinhou que a maior proximidade relativamente aos meios de salvamento fará “aumentar de forma significativa a prontidão de resposta em caso de emergência no mar”.
Lembrando que é naquele local que são desembarcadas as pessoas retiradas das ilhas da ria Formosa por questões médicas, o governante observou que a nova estação salva-vidas permitirá tornar todas essas operações “mais céleres”.
Marcos Perestrello revelou ainda que deverá ser instalada, até ao final do ano, uma nova estação de radar em Vila Real de Santo António, o que vai “exponenciar a capacidade de comando e controlo dos capitães do porto em caso de necessidade de intervenção, quando há um acidente emergência”.
Durante a cerimónia foram condecoradas sete pessoas: quatro elementos do ISN, por terem realizado mais de 600 operações de transporte médico das ilhas-barreira, nos últimos quatro anos, e três nadadores-salvadores algarvios, pelo salvamento, em condições adversas, de duas pessoas, no mês de Agosto.
A nova estação está instalada num edifício entre o porto de pesca de Olhão e o cais de embarque para as ilhas-barreira da ria Formosa e resulta da fusão de duas pequenas estações que existiam nas ilhas da Fuseta e Farol.
Para o Algarve, está ainda prevista a criação de uma nova estação salva-vidas em Quarteira, na zona central da região, para dar resposta ao aumento de tráfego gerado pela proliferação de empresas marítimo-turísticas.
A construção é, aos olhos da autarquia, de “extrema importância”. “Com estas instalações temos os meios necessários para proteger aquilo que é mais importante, a vida, e isso satisfaz o município sobremaneira”, disse ao POSTAL António Pina, presidente da autarquia olhanense.
“Olhão é uma cidade repleta de pescadores e a sua protecção na sua actividade, que é muito perigosa, é importantíssima”, conclui o edil.
(Com Agência Lusa)