A destruição de centenas de tanques russos na Ucrânia revelam indícios de que nem tudo corre bem à Rússia após invadir a Ucrânia. Segundo o secretário de Estado da Defesa britânico, Ben Wallace, a estimativa é a de que já tenham perdido cerca de 580 tanques.
Além da perda destes veículos, foram ainda detetados defeitos nos mesmos – dos quais o Ocidente já teria conhecimento há décadas. O problema está relacionado com a artilharia armazenada no veículo, tornando-o suscetível de explodir.
Isto é, um ataque do inimigo que chegue perto do tanque é capaz de gerar uma reação dentro do veículo que provoca a sua própria explosão, com força suficiente capaz de destruir um prédio de dois andares.
Segundo Nicholas Drummond, um analista especializado em guerra e ex-oficial do exército britânico, essa anomalia está a causar problemas a quase todos os veículos blindados que a Rússia está a utilizar na Ucrânia.
Defeito que já tinha sido detetado por militares do Ocidente durante a Guerra do Golfo contra o Iraque, em 1991 e 2003, quando um grande número de militares iraquianos fez com que os tanques russos T-72 sofressem o mesmo desfecho.
A Rússia ainda não aprendeu, disse o analista à CNN, pelo que continua a acontecer o mesmo na Ucrânia.
No entanto, existem benefícios para este tipo de design dos tanques russos. Segundo conta Sam Bendett do Center for a New American Security à CNN, a Rússia insiste nesse sistema para poupar espaço dentro do veículo e torná-lo mais compacto.
Ben Wallace, secretário de Estado da Defesa britânico, adiantou ainda, na passada segunda-feira, que mais de 15.000 militares russos tinham sido mortos durante a guerra na Ucrânia.
- Texto: SIC Notícias, televisão parceira do POSTAL