Está a decorrer neste momento a vigília na rampa do Teatro das Figuras, em Faro. O objetivo é “reivindicar alguns direitos no setor cultural muito fragilizado”, devido à “falta de respostas” que se tem feito sentir.
Com início pelas 9:00 horas da manhã, a vigília juntou cerca de 50 pessoas, que cumprem as regras de distanciamento social e também higiene, para a reivindicar mais apoios, numa altura em que a pandemia de covid-19 está a gerar uma crise no setor, que sente “uma falta de apoio tremenda”, como revela o ator, encenador e diretor João de Brito ao POSTAL.
O porta-voz da “Vigília Cultura e Artes” refere o facto de “técnicos, músicos, artistas plásticos, entre outros” estarem a passar por momentos complicados. O Ministério da Cultura não tem dado respostas a estes profissionais e as promessas de apoios não se feito cumprir. Ao POSTAL, João de Brito diz que todos “estão numa batalha juntos”.
A união que se faz sentir no Teatro das Figuras é visível, conta o ator, afirmando que “nunca vi o setor da cultura tão unido”. Muitas pessoas perdem trabalho devido ao facto de trabalharem a recibos verdes e na procura de melhores soluções, é necessário o apoio de todos.
As reivindicações base da vigília são a aprovação de um fundo de emergência capaz de fazer face à presente situação; o reconhecimento das profissões ligadas à cultura; a criação de um estatuto que garanta a proteção de todos e a criação de uma política cultural ajustada às necessidades do setor.
Esta é uma iniciativa está a realizar-se em vários pontos do país, como Lisboa, Funchal, Caldas da Rainha, Setúbal, Almada, Porto, Aveiro, Évora, Vila do Conde, Coimbra e Santa Maria da Feira. O fim da vigília está marcado para as 19:00 horas.
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