Yoon Suk-yeol, o novo Presidente da Coreia do Sul, tomou posse esta terça-feira e uma das primeiras medidas que quer implementar é a alteração do método utilizado para contabilizar a idade da população, conhecido como a “idade coreana”. Caso se venha a concretizar, toda a população irá ficar um ano mais nova.
O sucessor de Moo Jae-in, para além do plano que tem para fazer crescer a economia, quer também pôr fim à “idade coreana”. Na Coreia do Sul, um recém-nascido tem logo à nascença um ano de idade, sendo que a data de aniversário não é a data do nascimento. Aqui todas as pessoas fazem anos no dia de Ano Novo.
Uma das grandes questões que este método coloca é quando os bebés nascem em dezembro. Por exemplo: um bebé que nasça a 30 de dezembro fica logo com um ano e, poucos dias mais tarde, faz dois, quando na realidade nem uma semana de vida tem. Além disso, terá a mesma idade de um bebé que tenha nascido no mesmo ano, mas no dia 2 de janeiro, por exemplo.
O principal objetivo do novo Presidente passa por abolir a “idade coreana” e alinhar o país com o resto do mundo.
No passado, chegou a ser utilizado por vários países asiáticos, como a China e o Japão, mas neste momento a Coreia do Sul é o único a utilizar este sistema, que se acredita ter na origem a crença de que o tempo de gestação conta como o primeiro ano de vida.
Esta não é a primeira vez que a Coreia do Sul tenta alterar o método de contagem de idade. Tanto em 2019 como em 2021, foram propostos projetos de lei semelhantes, mas não foram aprovados.
Segundo a BBC, os especialistas estão divididos sobre o que estas alterações significam para a sociedade coreana, apesar de concordarem com elas do ponto de vista administrativo. Ainda assim, mesmo que a Coreia do Sul se alinhe com o resto do mundo, consideram ser pouco pouco provável que se deixe de usar a “idade coreana” tão cedo.
- Texto: SIC Notícias, televisão parceira do POSTAL