O ano de 2024 terminou com a notícia de que em 2025 as portagens nas ex-SCUT portuguesas seriam eliminadas, garantindo aos condutores que circulam pelo nosso país uma poupança significativa em portagens. A medida entrou em vigor logo no primeiro dia do ano e nos dias anteriores à chegada de 2025 as placas com as informações de preços nas ex-SCUT começaram a ser retiradas, mas algumas ficaram esquecidas pelo caminho e continuam a enganar os portugueses.
Na A4 (Transmontana e Túnel do Marão), A13 e A13-1 (concessionária Pinhal Interior), A22 (Algarve), A23 (Beira Interior), A24 (Interior Norte), A25 (Beiras Litoral e Alta) e alguns troços da A28 (Minho) já não se pagam portagens. Na A22, por exemplo, já nem sequer se vêm as placas com as informações de preços das ex-SCUT, mas não se pode dizer o mesmo sobre a A23 e a A13.
Não foram retiradas todas as placas que informam os preços das ex-SCUT
Ainda que já não tenha de pagar portagem, sabe-se que na Linhaceira (Santarém), por exemplo, existem duas placas indicadoras da A13 e da A23 com a sinalética relativa a portagens, quando estas já foram abolidas no início do ano.
Há muitos condutores confusos e, como se não bastasse, na rotunda da Venda Nova sobre o IC9, também há uma placa que aponta para a A13 com o símbolo de cobrança de portagens, segundo a informação avançada pelo Tomar na Rede.
De salientar que as SCUT chegaram a Portugal no ano de 1997 e, tal como indica o acrónimo, Autoestradas Sem Custos para o Utilizador, o valor das mesmas era suportado pelo Estado português. No entanto, em 2011, o regime acabou por ser alterado como consequência da crise financeira e os condutores passaram a ter de assumir o pagamento das portagens existentes nestas autoestradas.
Em 2025 as ex-SCUT foram eliminadas
Este ano, 951 quilómetros de estrada deixaram de ter custos diretos para o utilizador, mas para acomodar a perda de receitas de aproximadamente 180 milhões de euros, segundo o relatório do Orçamento de Estado para 2025, o Governo aumentou no dia 1 de janeiro de 2025 a taxa do imposto sobre produtos petrolíferos no litro de gasolina e do gasóleo em três cêntimos, medida esta que também serviu para compensar a descida da taxa de carbono em 2025.
O que se sabe é que as receitas do Estado têm de se manter, pelo que a eliminação das ex-SCUT teria necessariamente de fazer com que outras despesas dos portugueses aumentassem. Contudo, se vir uma placa junto a alguma das autoestradas mencionadas anteriormente com a informação de preços de portagens, não se deixe enganar e saiba que estas nunca lhe serão cobradas.
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