O Rh-null é considerado o tipo de sangue mais raro do mundo, tendo sido identificado em menos de 50 pessoas em todo o planeta. Segundo a Forever Young, este grupo sanguíneo único destaca-se por uma característica muito específica: a ausência completa de antígenos no sistema Rh. Por não possuir antígenos, o Rh-null é altamente valioso como tipo de sangue universal para indivíduos com sistemas sanguíneos Rh. No entanto, existem apenas nove doadores ativos conhecidos.
Os tipos sanguíneos são determinados pela presença de antígenos, que são proteínas e açúcares ligados aos glóbulos vermelhos. Os oito tipos básicos de sangue são A+, A-, B+, B-, AB+, AB-, O+ e O-, sendo o sinal positivo ou negativo definido pela presença ou ausência do antígeno RhD. Além disso, existem aproximadamente 342 antígenos diferentes, dos quais 160 são considerados altamente prevalentes. Estes antígenos estão organizados em 35 sistemas de grupos sanguíneos, com o sistema Rh a ser o maior, contendo 61 antígenos.
A ausência de um antígeno altamente prevalente torna o sangue raro, mas o Rh-null é ainda mais singular, uma vez que carece completamente de antígenos no sistema Rh. Esta característica faz com que o Rh-null seja encontrado apenas em cerca de uma em cada seis milhões de pessoas.
Este grupo sanguíneo raro foi identificado pela primeira vez em 1961, numa mulher aborígene da Austrália. A sua descoberta foi um marco na medicina, permitindo um melhor entendimento dos sistemas de grupos sanguíneos e das suas implicações em transfusões e outros procedimentos médicos.
Devido à sua raridade e à dificuldade de encontrar doadores compatíveis, o Rh-null é muitas vezes referido como “sangue dourado”. Este grupo sanguíneo desempenha um papel crucial na medicina, especialmente em casos de transfusões para indivíduos com sistemas imunológicos altamente sensíveis, tornando essencial a colaboração entre doadores e bancos de sangue em todo o mundo.
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