
O Movimento Cívico Tavira Sempre está contra a construção da no ponte sobre o Rio Gilão, em Tavira.
Conforme afirma em comunicado, “o nosso movimento opõe-se a este projecto por variadíssimas razões mas a principal é o absoluto desprezo que a Câmara Municipal de Tavira tem demonstrado pela opinião daqueles para quem devia governar”.
“A este desprezo pelas populações juntam-se outras razões como a absoluta inutilidade desta obra que, aliás, a Câmara Municipal, não cuidou de demonstrar. Mais uma ponte onde já existem três, a atravessar o Rio Gilão”, pode ler-se.
“A pressão automóvel com os inerentes problemas de estacionamento e aumento da poluição serão outras consequências deste projecto”, afirma.
O movimento cívico coloca várias questões sobre a construção da ponte, como: Qual o impacto deste projecto sobre o ambiente, quer na fase de construção, como na fase de utilização? Qual o impacto deste projecto sobre o Rio Gilão, quer na fase de construção, como na fase de utilização? Qual o impacto deste projeto no tráfego na cidade de Tavira, quer na fase deconstrução, como na fase de utilização?
“Nada disto se sabe porque, pura e simplesmente, o executivo camarário tudo fez à revelia da população de Tavira”, diz.
“Mas havia maneira de as coisas terem sido diferentes! Quer apresentando o projecto à população, ANTES de iniciar a obra; quer, promovendo uma avaliação de impacte ambiental”, salienta.
O movimento defende que “a Câmara Municipal de Tavira deveria ter promovido um processo de avaliação de impacte ambiental, sendo que a lei, não o impondo neste caso, permite (e aconselha) que o mesmo se faça. É uma questão de cuidar dos impactes que o processo possa causar, no ambiente, na paisagem, no património cultural, nomeadamente arqueológico, no fundo, na vida das pessoas e na defesa de um património comum”.
“Impunha-se ainda a promoção de avaliação de impacte ambiental pelo critério da localização e da dimensão do projecto. Mas isto seria num mundo ideal, de transparência e de governo para as populações, o que, pelo menos neste caso, não foi o caso”, remata.
Este grupo espera que “haja bom senso por parte da Câmara Municipal de Tavira e que esse bom senso conduza à suspensão da obra. No entanto, este grupo está disponível para prosseguir pelas vias que forem necessárias para parar a aberração que está a crescer no meio da nossa bela cidade”.