O Movimento SOS Ria Formosa/Je Suis Ilhéu vai ser ouvido na Assembleia da República no próximo dia 29 de Setembro, pelas 12.30 horas.
O movimento foi convocado para uma audição na Comissão de Ambiente, Ordenamento do Território, Descentralização, Poder Local e Habitação, na sequência da petição entregue no dia 20 de Janeiro de 2016, que visa “A preservação da Ria Formosa e suspensão imediata das demolições”.
O grupo vai marcar presença na Assembleia da República com uma delegação. “Irá ser feita uma exposição e seremos depois questionados pelos representantes de cada partido com assento parlamentar”, explica em comunicado de imprensa enviado às redacções.
O movimento aproveitará a ocasião para manifestar “todo o seu descontentamento em relação a como este processo vem sendo encaminhado”, e relembra que a 12 de Fevereiro de 2016 foi aprovado um projecto de resolução “que mencionava o princípio de igualdade e reconhecimento de todos os núcleos históricos das ilhas-barreira”.
“Iremos relembrar ao Governo que todos os núcleos são históricos. Todas as famílias atingidas pela ameaça de demolições são pessoas descendentes daqueles que construíram os alicerces essenciais para aquela ilha e não só, que construíram o molhe, a barra e o Farol, que deram apoio a um hangar que serviu a segunda guerra mundial, pessoas que tinham lepra e que foram enviadas para esta terra de ninguém para não haver o risco de maior contágio. Parece que o Governo está esquecido que foi o Estado português que nos indicou esta casa para vivermos”, diz o Movimento SOS Ria Formosa/Je Suis Ilhéu no mesmo comunicado.
O grupo promete manter-se unido na luta contra a demolição de habitações nas ilhas-barreira.